Drama em Brejinho: jovem permanece com a mãe falecida por mais de 48 horas
Rapaz, que vive com doença mental, viu a mãe ser assassinada dentro de casa
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O homicídio da auxiliar de serviços gerais Elza Cristina Araújo dos Santos, 55 anos, chocou o município de Brejinho, localizado no Sertão de Pernambuco. O corpo foi trazido para o Instituto de Medicina Legal do Recife, onde foi periciado. O autor do crime ainda não foi localizado.
Segundo familiares relataram à TV Tribuna, o filho, que vive com doença mental, ficou de sábado (16) a última segunda-feira (18) sem conseguir sair de casa, com fome e sede. Foram mais de 48 horas de sofrimento.
A mãe foi encontrada de bruços, despida, com golpes na cabeça desferidos por instrumento contundente, especialmente no rosto. O rapaz, por sua vez, também sofreu violência, estava sem se alimentar e bebia água de uma caixa d´ água quando foi encontrado. Ele tem 28 anos, é uma pessoa que vive com transtorno mental e não fala.
A repórter Luciana Queiroz conversou com a família nesta terça-feira (19). As duas irmãs da vítima vieram aguardar a liberação do corpo no IML da capital. Elza teria sido assassinada dentro de casa, na zona rural de Brejinho. A matéria foi exibida no Jornal da Tribuna, 1ª edição, no programa comando por Moab Augusto.
“Eu nunca tinha visto uma cena daquela. Eu nunca tinha visto. Eu vi minha irmã deformada. Eu não quero acreditar que seja ela (assim), toda deformada. Eles quebraram tudo na cabeça dela, a boca dela, os lábios dela cortados. É muita crueldade, sim”, disse a irmã Hozana Nazaré.
Segundo a outra irmã, Maria das Dores, Elza teria lutado bastante contra o assassino antes de morrer, porque havia tufos de cabelo espalhados na casa. A auxiliar de serviços gerais foi encontrada na sala. Sem roupas e coberta com um colchão. O filho tinha sinais de agressão também.
O jovem, de 28 anos, viu a mãe ser espancada até a morte e permaneceu dentro de casa porque sabia pedir socorro. Ele foi encontrado com marcas de violência e desidratado. Precisou ser internado no Hospital de Afogados da Ingazeira.
A casa da auxiliar de serviços gerais foi encontrada pela Polícia Militar revirada. Segundo as testemunhas, foram levados o celular, todos os documentos e os cartões. Ela trabalhava na prefeitura e era tutora do filho.
Ainda não se sabe quem é o assassino. “Pedi às autoridades para correr atrás, investigar e não deixar mais uma pessoa morrer, perder a vida por nada. Minha irmã não tinha nada. E o que me faz estar aqui é essa injustiça toda. Ela lutou muito, o filho também. Ela era doce, amada, querida por todos”, disse a irmã Maria das Dores.
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