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Polícia

Defesa de sargento nega relação do crime com pagamento de R$ 7 a motocilista

Segundo advogado de defesa, PM não apresentava mau comportamento na corporação


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Imagem ilustrativa da imagem Defesa de sargento nega relação do crime com pagamento de R$ 7 a motocilista
O crime cometido pelo sargento Venilson Cândido da Silva, do 25º Batalhão, gerou comoção e protestos entre os colegas de aplicativo de Tiago |  Foto: Reprodução de redes sociais

A Associação Pernambucana de Cabos e Soldados fará a defesa do 2º sargento da Polícia Militar Venilson Cândido da Silva, de 50 anos, preso por matar um motociclista por aplicativo após suposta cobrança de uma corrida no valor de R$ 7.

O assassinato de Tiago Fernandes Bezerra, 23 anos, ocorreu no bairro de Alberto Maia, na cidade de Camaragibe, localizada na Região Metropolitana do Recife.

Por meio de nota assinada pelo advogado Jethro Ferreira, a associação primeiro lamentou o ocorrido e prestou “condolências aos familiares da vítima”. Logo em seguida, o advogado informou que está prestando assistência jurídica ao PM associado, para que “o mesmo tenha um julgamento justo, observados o contraditório e a ampla defesa, constitucionalmente assegurados”.

*Pagamento não foi motivo de discussão, frisa defesa*

Em entrevista ao Tribuna Online, Jethro Ferreira informou que teve um contato rápido com o sargento, mas o PM não explicou por qual motivo matou o jovem. No entanto, o PM frisou que “a discussão não teve nada a ver com o pagamento da corrida”.

O advogado ainda negou que o cliente estivesse com problemas de saúde mental, como se especulou, o que proíbe o porte de arma. “Ele não estava de Licença para Tratamento de Saúde por problemas psiquiátricos. Tanto assim que a identidade funcional dele permitia o porte de arma. 'Se' ele tinha problemas de saúde mental, não oficializou isso junto à PM”, declarou.

Sem histórico de mau comportamento

Indagado sobre o que poderia dizer a respeito do seu cliente e qual linha adotaria na defesa, Jethro afirmou: “só sabemos que ele não responde a outros procedimentos criminais, e não apresentava mau comportamento na PM”, disse.

O advogado lembrou que o inquérito deve ser concluído em 10 dias, uma vez que o acusado está preso. Após a conclusão, o Ministério Público tem 5 dias para oferecer denúncia.

O sargento teve a prisão preventiva decretada em audiência de custódia e divulgada pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco. Ele responderá pelo crime de homicídio qualificado.

A fragilidade de uma profissão

O crime cometido pelo sargento Venilson Cândido da Silva, do 25º Batalhão, gerou comoção e protestos entre os colegas de aplicativo de Tiago, que se sentem alvo fácil de pessoas violentas e até mesmo de criminosos. A profissão de Venilson, por sua vez, tem o propósito de proteger a sociedade.

Segundo o próprio secretário de Defesa Social de Pernambuco, Alessandro Carvalho, o sargento deve ser expulso da corporação após passar por processo administrativo. Em entrevista à imprensa durante agenda administrativa, Carvalho disse que viu as imagens e considerou o crime “bárbaro”.

“O crime foi bárbaro, sem nenhuma razão (...) Ele (o PM) já está preso e deve ser expulso da corporação”, disse Carvalho em evento administrativo do qual participava no Palácio das Princesas.

O pai que não verá o nascimento do filho

Tiago estava prestes a ser pai. Ele foi morto na manhã do último domingo (1) quando, segundo testemunhas, cobrou a viagem do sargento, no valor de R$ 7, e o suspeito respondeu que pagaria na próxima, o que não é permitido pelo aplicativo.

Os dois falaram algo inaudível e Venilson Cândido puxou a arma. Tiago permaneceu incrédulo quando o sargento sacou a arma e chegou a dizer: "Vai, atira aí", o que foi realmente feito.

Após o homicídio, segundo testemunhas, Venilson entrou no condomínio onde mora, trocou de roupa e pegou um ônibus, mas foi cercado por motoristas de aplicativos e pessoas revoltadas com a frieza do crime. Ele apanhou bastante antes de ser detido por policiais militares e levado para depoimento. Chegou a falar sobre isso com seu advogado.

Mas o sargento escapou por pouco de uma morte por linchamento - aquela que ocorre quando a população decide punir um suspeito, também sem dar direito de defesa.

O pai de Tiago, Sérgio Luiz de Bezerra, descreveu a perda como irreparável. “R$ 7 foi o que valeu a vida do meu filho”, disse, emocionado, lamentando que o filho não tenha sequer tido direito à defesa. "Ele era um menino bom, trabalhador", acrescentou. 

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