Adolescente que matou menino em Frei Miguelinho era considerado seu “padrasto"
Polícia não confirmou ligação da mãe com o homicídio de José Felipe, que tinha 7 anos
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O adolescente de 17 anos apreendido pela Polícia Civil por suspeita de ter matado uma criança de 7 anos na cidade de Frei Miguelinho, no Agreste de Pernambuco, na verdade, era considerado o padrasto.
A informação só foi confirmada neste domingo (19) pela assessoria da Polícia Civil. No último sábado (18), recebemos apenas a informação de que o crime teria sido praticado por um adolescente, mas não havíamos recebido a confirmação da relação de proximidade.
Moradores da cidade informaram ao Tribuna Online que a criança já vinha sendo vítima de maus tratos. Seu corpo foi encontrado em meio a caatinga, de bruços, sem camisa e de bermuda. O menino apresentava sinais de ter sofrido grande violência, de acordo com testemunhas. Segundo informações extraoficiais da polícia, o adolescente teria confessado que matou a criança com pedradas.
Ate às 12h02, a Polícia não informou se a mãe teve alguma participação no crime. Ela foi liberada. “O caso está sob investigação”. Ela teria mais de 30 anos, segundo informações de moradores da cidade, e morava com o adolescente na Rua da Saudade, no Centro de Frei Miguelinho. “Detalhes não podem ser repassados no momento para não atrapalhar as diligências”, disse a Polícia.
O nome do adolescente que supostamente cometeu o crime bárbaro não foi divulgado, em virtude do Estatuto da Criança e do Adolescente. Os motivos ainda não foram esclarecidos. Importante destacar que, pelas leis brasileiras, um adolescente pode se casar a partir dos 16 anos, mas com autorização dos pais.
Não se sabe, portanto, se os pais autorizaram a relação do adolescente com a mãe de José Felipe, como determina oi artigo 1.517 do Código Civil. A situação também pode ser considerada uma violação dos direitos do adolescente, se não tiver sido aprovada pelos pais.
O desaparecimento
José Felipe foi dado como desaparecido no dia 16 e cartazes chegaram a ser divulgados nas redes sociais e na cidade.
Durante a condução do padrasto e da mãe, os moradores, revoltados, soltavam gritos de “assassinos”, o que não se confirmou nas investigações.
Durante a condução do padrasto e da mãe, os moradores, revoltados, soltavam gritos de “assassinos”, o que não se confirmou nas investigações. José Felipe morava na Rua da Saudade, no Centro da cidade. O corpo da criança foi levado para o Instituto Médico Legal de Caruaru.
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