11 pessoas presas em operação realizada pelo GOE e mais de 100 milhões bloqueados
Operação Holding do Crime ocorreu nos estados de Pernambuco, Paraíba, Minas Gerais, Rondônia e Paraná
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Uma operação policial realizada nesta terça-feira (19) resultou na prisão de 11 pessoas e no bloqueio de mais de R$ 100 milhões em bens e ativos financeiros. A ação, batizada de Operação Holding do Crime, foi conduzida pelo Grupo de Operações Especiais (GOE) e teve como foco o desmantelamento financeiro de uma organização criminosa voltada ao tráfico de drogas.
Investigações desde 2022
Segundo o delegado José Tenório Neto, chefe do GOE, as investigações começaram em 2022 com o monitoramento de uma quadrilha de tráfico de drogas que operava em Pernambuco e em outros estados. "Com a prisão de um dos líderes, obtivemos elementos que levaram a essa fase da investigação, centrada na lavagem de dinheiro", explicou o delegado.
A operação cumpriu 11 mandados de prisão e 19 de busca e apreensão em estados como Pernambuco, Paraíba, Minas Gerais e Rondônia e Paraná. Além das prisões, houve bloqueio de ativos financeiros em contas bancárias, apreensão de imóveis de luxo, veículos de alto padrão e outros bens, totalizando mais de R$ 100 milhões.
Os mandados foram cumpridos em Igarassu, Sairé e Belo Jardim (três municípios de Pernambuco), além de João Pessoa e Cabedelo (ambas na Paraíba), Vespasiano (MG), Curitiba (PR) e Porto Velho (RO). A sede do grupo organizado se localizava em Igarassu.
Prisões e apreensões
Entre os itens apreendidos em flagrante estão mais de R$ 50 mil em dinheiro, armas de fogo, cinco veículos de luxo e documentos que reforçam a existência de empresas de fachada utilizadas para movimentar os recursos ilícitos. "Em duas residências, as armas de fogo encontradas resultaram em prisões em flagrante", detalhou o delegado.
Das 11 pessoas detidas, duas são mulheres, sendo que uma delas possuía três mandados de prisão em aberto. A outra tinha ligação direta com a operação de empresas de fachada, que eram usadas para ocultar a origem dos valores provenientes do tráfico de drogas.
Estrutura sofisticada
O delegado destacou que a organização criminosa utilizava uma rede complexa de empresas de fachada, algumas registradas com documentos falsos. "Por isso o nome 'Holding', em referência ao funcionamento como uma holding do crime, com diversas empresas trabalhando para a lavagem de capitais", explicou.
Crimes e continuidade das investigações
Os presos responderão por crimes como posse ilegal de armas, lavagem de dinheiro, tráfico de drogas, falsidade ideológica e associação criminosa. Apesar do desmantelamento do núcleo principal, as investigações continuam. "Sempre que uma fase é deflagrada, é possível identificar outros envolvidos", afirmou Tenório Neto.
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