Nesta terça-feira (27) faz 25 anos da morte de Dom Helder Câmara
Religioso sempre defendeu arduamente a manutenção dos direitos humanos e os mais pobres
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Nesta terça-feira, 27 de agosto, faz exatamente 25 anos da morte de Dom Helder Câmara.
Nascido no Ceará em 1909, mas pernambucano de coração, Dom Helder sempre defendeu arduamente a manutenção dos direitos humanos e os mais pobres.
Tanto que era conhecido como o “mensageiro da esperança”.
O arcebispo de Olinda e Recife, Dom Paulo Jackson, afirma que Dom Helder foi "um dos grandes exponentes pela graça de Deus" no Brasil.
Ele acrescenta que o legado do ex-arcebispo de Olinda e Recife foi muito importante no período entre as décadas de 1960 e 1970 porque "ele se tornou o grande porta-voz dos direitos humanos, da justiça e da fraternidade quando nós vivíamos no país aquele momento tão doloroso da ditadura militar”.
Durante o regime militar, Dom Helder Câmara denunciou a ditadura brasileira em suas viagens internacionais. E por isso, os militares chegaram a proibir que seu nome fosse citado na imprensa nacional.
Por alguns anos, na década de 1970, jornais, revistas, rádio e tv, ninguém podia falar de Dom Helder. Nem contra nem a favor.
O arcebispo de Olinda e Recife foi também o brasileiro mais vezes indicado ao prêmio Nobel da Paz, indicações sempre sufocadas pelos militares.
A figura de Dom Helder Câmara sempre foi tão respeitada e querida pelo mundo afora que, em dezembro de 2020, o papa Francisco fez uma referência ao religioso em uma de suas homilias. Confira aqui.
BEATIFICAÇÃO
No último domingo (25), fiéis, autoridades, admiradores, movimentos e pastorais da Arquidiocese de Olinda e Recife rezaram pela beatificação de Dom Helder Câmara durante missa realizada na Catedral do Santíssimo Salvador do Mundo, conhecida como a Catedral da Sé, em Olinda, Região Metropolitana do Recife.
A solenidade lembrou os 25 anos de falecimento de Dom Helder Câmara, em 27 de agosto de 1999, e foi presidida pelo arcebispo de Olinda e Recife, Dom Paulo Jackson, que agradeceu a participação dos fiéis e visitantes na celebração.
O túmulo do religioso fica na Catedral da Sé, onde a missa foi celebrada, e é muito visitado por turistas e fiéis católicos.
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