Ex-secretário Pedro Eurico é absolvido da acusação de estupro contra ex-esposa

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Pedro Eurico, ex-secretário de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco e ex-deputado estadual, de 72 anos, foi absolvido após ter sido denunciado por três crimes cometidos contra a ex-esposa, a economista Maria Eduarda, sendo eles estupro, perseguição e violência psicológica.

A informação foi repassada, nesta segunda (8), pelo escritório de advocacia que defende o ex-político. A denúncia foi feita pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) no dia 28 de janeiro.

Ao final do processo, o MPPE se convenceu da impropriedade da acusação de estupro e pediu a absolvição do ex-secretário. No processo foram ouvidas diversas testemunhas que conviveram com o casal, inclusive os filhos de Maria Eduarda, vizinhos e empregadas domésticas que trabalhavam ao longo dos anos na casa do casal.

Ainda de acordo com o escritório de advocacia que defende o ex-secretário, a juíza Ana Marques Veras entendeu pela improcedência da acusação e absolveu Pedro Eurico.

“O desfecho desse processo é o resultado de meses de investigação e de uma ação penal detalhada, na qual foram ouvidas dezenas de testemunhas e analisados minuciosamente áudios de conversas entre o ex-casal”, informou o escritório.

O caso envolvendo Pedro Eurico e a esposa veio à público em dezembro de 2021, quando Maria Eduarda denunciou o ex-secretário por violência doméstica. Em entrevista, a economista declarou que sofreu agressões do ex-secretário desde o começo do seu relacionamento, que durou 25 anos, registrando o primeiro boletim contra o ex-marido já em 2000.

Por meio de nota, o Ministério Público informou que “em virtude do processo tramitar em segredo de Justiça, não é possível prestar informações a respeito do caso”.

Pedro Eurico já foi condenado

Pedro Eurico foi condenado a um ano e nove meses de reclusão após cometer os crimes de perseguição, violência psicológica e descumprimento de medida protetiva concedida à ex-esposa. Ele também foi multado em 148 dias/multa, o que corresponde a R$ 6.512.

O ex-secretário só poderá ser preso de forma definitiva quando o processo for transitado em julgado, sem a possibilidade do ingresso de recursos por parte da defesa do acusado.

“Indignação e vergonha”

Em nota enviada à TV Globo, Maria Eduarda desabafou: "Recebo com indignação e vergonha essa sentença. Por mim e por todas as mulheres que represento e passam por essa situação. Sinto-me violentada mais uma vez. Devastada. Sinceramente, é incompreensível e inaceitável que, diante de tantas provas, este seja o resultado. Lastimável. Por isso, tantas morrem e ou desistem de lutar. Lamentável também que a juíza que acompanhou todo o processo não tenha sido a mesma que prolatou a sentença. Porém eu vou continuar a lutar porque a justiça de Deus nunca falha", afirmou Maria Eduarda.