Ponte Preta vence o Náutico no Recife e sai com o pé na Série B
O time alvirrubro terminou a rodada com 3 pontos, no terceiro lugar do quadrangular

O sonho de subir para a Série B está ficando mais distante para o Náutico, após a derrota de 1 a 0 para a Ponte Preta, neste sábado (20), no estádio Eládio de Barros Carvalho, no bairro dos Aflitos, no Recife. É a segunda derrota neste quadrangular. Perdeu também para o Guarani e venceu apenas o Brusque, que está sem nenhum ponto.
Embora esteja enfrentando uma crise extra-campo, com salários atrasados, a Macaca manteve o tabu e venceu o time alvirrubro, de quem não perdia há 13 anos nos Aflitos.
Mais de 13 mil torcedores foram ao campo para dar apoio ao clube da Rosa e Silva. Fizeram uma bela recepção ao ônibus e uma festa dentro de campo, mas o time não rendeu o suficiente e, agora, precisa torcer por uma vitória do Brusque, que joga neste domingo (21) contra o Guarani no Brinco de Ouro da Princesa, em Campinas.
O time alvirrubro terminou a rodada com 3 pontos, no terceiro lugar do quadrangular, onde apenas dois times passam para semifinal já com a garantia de acesso à Segundona. A Ponte Preta, por sua vez, saiu da capital pernambucana na vantagem, com 9 pontos somados e em primeiro no ranking da tabela. Só precisa de mais um ponto para o acesso. Está praticamente classificada.
No próximo sábado (27), o Náutico enfrenta a Ponte Preta, às 17h, no Moisés Lucarelli, em Campinas-SP.
1º tempo: Náutico é pressionado pela Ponte Preta e vai para o intervalo atrás no placar

O Náutico enfrentou dificuldades no primeiro tempo contra a Ponte Preta, no estádio dos Aflitos, pela terceira rodada do quadrangular final da Série C. Apesar de começar o jogo com intensidade, criando boas oportunidades com Samuel Otusanya e Igor Bolt, o Timbu viu a Macaca abrir o placar aos 18 minutos, com Toró aproveitando assistência de Pacheco.
Após o gol, a Ponte Preta se posicionou defensivamente, dificultando as ações ofensivas do Náutico. O time pernambucano, por sua vez, teve dificuldades em penetrar na defesa adversária e não conseguiu converter as poucas chances criadas.
O clima ficou pesado pela importância do jogo para os alvirrubros. O árbitro aplicou cartões amarelos para Igor Pereira e Samuel Otusanya, ambos do Náutico, aos 42 e 44 minutos, respectivamente.
O cartão amarelo para Samuel, aliás, foi até uma cortesia do árbitro. Aos 40 minutos, ele já tinha simulado um pênalti na área da Ponte Petra. Aos 44 minutos, o nigeriano conseguiu derrubar dois jogadores da Ponte Preta, de uma só vez, com um empurrão. Pela Ponte Preta, por outro lado, Elvis e Saimon também amarelaram.
Com o resultado, a Ponte Preta foi para o intervalo com a vantagem no placar, enquanto o Náutico precisava ajustar sua postura para buscar a reação.
2º tempo: Náutico pressiona, mas Ponte Preta segura a vantagem
O Náutico voltou do intervalo determinado a buscar o empate, mas encontrou pela frente um adversário bem organizado defensivamente. Logo nos minutos iniciais, o Timbu acumulou escanteios e chegadas pela direita com Vitinho e Arnaldo, mas esbarrou na segurança do goleiro Diogo Silva, que se destacou com defesas importantes, como em finalização de Igor Bolt aos 12 minutos.
Ao longo da etapa final, o Náutico teve outras oportunidades claras: Wenderson chutou da entrada da área aos 21 minutos, e Bruno Mezenga, recém-entrado, tentou arremates que passaram perto, assim como Hélio Borges, que arriscou de meia-lua aos 34 minutos. No entanto, erros individuais e lances de impedimento, somados à precisão da defesa da Ponte Preta, impediram que o Timbu balançasse as redes.
Do lado da Ponte Preta, o time se manteve paciente e compacto, tentando explorar os contra-ataques. Diogo Silva foi o destaque da Ponte Preta.A Macaca quase ampliou em jogadas isoladas, mas encontrou dificuldades para superar a marcação do Timbu, que se postou adiantado em busca do empate. A pressão final alvirrubra não surtiu efeito, e a Ponte segurou a vantagem até o apito final, mantendo o 1 a 0 conquistado ainda no primeiro tempo.
Troca-troca
Mesmo vencendo, o técnico Marcelo Fernandes fez todas as substituições permitidas ao longo do segundo tempo na Ponte Preta. Tirou o atacante Bruno Lopes para colocar João Gabriel; substituiu o também atacante Toró por Diego Tavares, na mesma posição, trocou o meia Elvis pelo volante Rodrigo, sacou Lucas Cândido para colocar Gustavo Teles (ambos volantes) e tirou Artur para colocar Kevyn.
O técnico Hélio dos Anjos também fez as cinco trocas. Tirou o nigeriano Otusanya, que estava pendurado e nervoso, e colocou Bruno Mezenga. Botou Kelvin no lugar de Igor Bolt, trocou o atacante Hélio Borges pelo meia Vitinho, Lucas Cardoso por Marco Antônio e finalmente, Wenderson por Igor Pereira, que também estava amarelado.

Ficha do jogo
Náutico (0)
Muriel; Arnaldo, João Maistro, Igor Fernandes, Raimar; Igor Pereira (Wenderson), Marco Antônio (Lucas Cardoso), Vitinho (Helio Borges); Igor Bolt (Kelvin), Samuel Otusanya (Bruno Mezenga) e Vinicius. Técnico: Hélio dos Anjos
Ponte Preta (1)
Diogo Silva, Pacheco, Wanderson, Saimon, Artur (Kevyn); Lucas Cândido (Gustavo Teles), Luiz Felipe, Élvis (Rodrigo Souza); Toró (Diego Tavares), Jeh e Bruno Lopes (João Gabriel). Técnico: Marcelo Fernandes
Local: Estádio dos Aflitos, em Recife (PE)
Árbitro: Márcio dos Santos Oliveira (AL)
Assistentes: Esdras Mariano de Lima Albuquerque (AL), Maria de Fatima Mendonca da Trindade (AL), Bruno Monteiro Cunha (PB)
VAR: Carlos Eduardo Nunes Braga (RJ) e Michael Correia (RJ)
Gols: Toró (18’/1°T/PON)
Cartões amarelos: Elvis, Saimon (PON); Igor Pereira, Samuel Otusanya (NAU)
Público: 13.887
Renda: R$ 592.081,74
Comentários