Ídolo do Sport, Magrão fala sobre Série A, Daniel Paulista e jogo de despedida
Ex-goleiro continua morando na Itália, mas afirma que está sempre atento às notícias do Leão da Ilha
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O ano de 2025 marca vinte anos da chegada de Alessandro Beti Rosa ao Sport Club do Recife. Vindo do futebol do interior de São Paulo, Magrão, que no começo era apenas um atleta desconhecido em busca de oportunidades, com o passar dos anos se tornou o maior jogador da história do clube e uma das grandes referências do esporte no país.
Pelo Leão da Ilha, Magrão disputou 732 partidas, conquistou 10 campeonatos, incluindo a Copa do Brasil de 2008. Recebeu títulos de cidadão pernambucano, recifense e olindense. Nas Olimpíadas do Rio, em 2016, o até então goleiro do Sport, foi um dos escolhidos para fazer o revezamento da tocha quando ela passou por Pernambuco. Magrão encerrou a carreira profissional em 2019, depois de 14 anos defendendo o time pernambucano.
Atualmente com 48 anos, Magrão vive com a família na Itália, onde tem uma rotina longe dos holofotes e, de certa forma, dos gramados. Futebol, apenas quando assiste jogos ou nas peladas com amigos da igreja evangélica em que frequenta.
Apesar da distância que o separa do Brasil, o ex-goleiro continua acompanhando as notícias do Leão. Em entrevista exclusiva ao Tribuna Online, Magrão falou sobre como tem sido acompanhar o Sport à distancia, confiança na permanência do clube na elite nacional e o que pensa sobre o atual treinador e ex-companheiro de time, Daniel Paulista.
Tribuna Online: Magrão, como está sendo acompanhar o Sport, neste ano, na Série A ?
Magrão: Está sendo difícil acompanhar o Sport de longe, a situação não é boa, começou muito mal o campeonato. Vem se recuperando, mas a gente sabe que é um caminho duro pela frente, árduo, mas torcendo e sempre acreditando.
Tribuna Online: Nunca na história do Brasileirão, durante a era pontos corridos, um clube ficou praticamente todo um primeiro turno sem vencer. Mesmo diante de um cenário como esse, é possível escapar do rebaixamento ?
Magrão: É uma marca ruim que o Sport teve no início, com tantos jogos sem vencer. Mas ainda tem chances de reverter e eu acredito que se o time conseguir as vitórias e no final se salvar do rebaixamento, isso ficará marcado.
Tribuna Online: Daniel Paulista, assim como você, é uma pessoa que tem história no Sport. Ele aceitou um desafio gigante que é de tirar o clube da difícil situação na Série A. Você acredita que ele alcançará o objetivo?
Magrão: Daniel e eu jogamos juntos alguns anos no Sport. Como treinador, ele vem crescendo muito, amadurecendo como profissional e fazendo bons trabalhos. Ele chega em um momento delicado, porém, eu já vejo uma mudança do que o Sport vinha apresentando. É claro que a trajetória é difícil, mas eu acredito que ele possa fazer um bom trabalho. Ele conhece bem o clube, conhece bem a torcida, conhece como funciona o Sport e isso já ajuda bastante. Desejo muita sorte, porque a trajetória é dura, mas ele pode sim ajudar o clube a melhorar, e quem sabe salvar o time desse rebaixamento.
Tribuna Online: Magrão, um assunto que todo torcedor do Sport quer saber é sobre o seu jogo de despedida. Vai acontecer?
Magrão: O meu jogo de despedida quase aconteceu este ano, durante a parada do Campeonato Brasileiro. Estava previsto para acontecer em julho, mas devido a campanha que o Sport estava fazendo ele acabou cancelado.
Tribuna Online: Mas o torcedor pernambucano pode esperar por esse jogo de despedida?
Magrão: Então... Depende do Sport, né? Se o Sport for fazer (o jogo) eu vou estar. Senão, não tem como. (risos).
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