Conselho Deliberativo do Sport bane Torcida Jovem após violência contra Fortaleza
A medida é uma resposta à punição imposta ao clube pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva
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O Conselho Deliberativo do Sport Club do Recife decidiu, por unanimidade, banir a Torcida Organizada Jovem do Sport. A medida é uma resposta à punição imposta ao clube pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) em decorrência do ataque sofrido pela delegação do Fortaleza no dia 21 de fevereiro. O STJD puniu o Sport com oito jogos sem torcida.
Na ocasião, membros da Jovem do Sport estavam presentes e foram apontados como responsáveis por atirar pedras e bombas no ônibus da delegação do Fortaleza, ferindo seis jogadores.
Reincidência e punição:
Segundo o conselheiro Pedro Lacerda, em entrevista à Rádio Clube, a Jovem do Sport já havia sido punida anteriormente por atos de violência.
"Após intenso debate no plenário do Conselho, a decisão de banir a Jovem do Sport foi aprovada por unanimidade. A maior organizada do clube fica proibida de acessar as dependências do Sport Club do Recife, seja em dias de jogo ou não. O uso de cores da torcida organizada também está vetado", declarou Lacerda.
Até o fechamento desta matéria, não havia nota oficial do Sport sobre o banimento da Jovem no site do clube, que sempre é muito ágil, ou nas redes sociais. A informação foi divulgada de forma tímida pela diretoria do clube até a tarde desta quarta-feira (13). A Jovem é a maior torcida organizada do Leão.
Sem prisões
O banimento da Jovem é uma resposta do clube ao presidente do Fortaleza. Na última segunda-feira (12), Marcelo Paz, expressou sua indignação com a falta de punição aos responsáveis pelo ataque em Pernambuco, ressaltando a existência de vídeos com pessoas assumindo a autoria dos crimes.
No domingo passado (11), o elenco do Fortaleza entrou em campo com uma camisa "manchada de sangue" e a frase "1,5 centímetros" nas costas, em referência a uma distância que poderia ter causado uma tragédia ainda mais séria para o jogador Gonzalo Escobar.
"É inexplicável que essa torcida não tenha sido punida pelo clube, que continue sendo reconhecida e vendendo ingressos, e que ninguém tenha sido preso ou identificado pelas autoridades", disse Paz.
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