SaGRAMA faz show de 30 anos no Teatro do Parque com música e grandes parcerias
Para as noites festivas, sobem ao palco Petrúcio Amorim, Jessier Quirino, Beto Hortis, Sarah Leandro e Laila Campelo
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Cravar uma música instrumental no imaginário coletivo é um feito raríssimo. O SaGRAMA conquistou esse espaço ao criar os acordes que embalaram Chicó e João Grilo em “O auto da Compadecida”. Agora, o grupo celebra três décadas de carreira com o show “SaGRAMA 30 anos: Poesia e Música”, em duas apresentações no Teatro do Parque, dias 16 e 17 de agosto.
O SaGRAMA já tocou com mais de 100 artistas ao longo da trajetória. Para as noites festivas, sobem ao palco Petrúcio Amorim, Jessier Quirino, Beto Hortis, Sarah Leandro e Laila Campelo, cada um em momentos individuais. No fim, todos se reúnem em um pot-pourri de composições de Petrúcio.
Uma identidade única
A força do grupo vem da fusão entre ritmos regionais e erudição. “Nós usamos elementos rítmicos regionais, estudamos suas estruturas e fazemos uma leitura própria, com linguagem mais elaborada. A gente mescla instrumentos eruditos, nossas composições têm essa mistura e a formação dos integrantes também”, explica Sérgio Campelo, diretor artístico e idealizador.
O setlist traz canções que marcaram o reconhecimento nacional em 1999, como “Presepada” e “Rói-couro”, além de faixas menos conhecidas, como “Mutalambô” e “Tábua de pirulito”. A plateia também ouvirá a suíte “Aspectos de uma feira”, de Dimas Sedícias, e o inédito frevo “Para sempre folião”, de Beto Hortis com arranjo de Sérgio Campelo.
Do Auto da Compadecida ao mundo
“A trilha de ‘O auto da Compadecida’ realmente é um divisor de águas para a gente. Tínhamos apenas um álbum lançado e, de repente, a gente ficou conhecido no país”, relembra Sérgio. A repercussão abriu portas para outras trilhas sonoras e parcerias com maestros renomados.
Três décadas de história
De lá para cá, foram 10 discos, prêmios como o Prêmio AESO de Cultura Pernambucana e o 27º Prêmio da Música Brasileira, além de indicação ao Grammy Latino 2017. O grupo também dividiu o palco com nomes como Elba Ramalho, Alceu Valença, Naná Vasconcellos e Yamandu Costa.
Criado no Conservatório Pernambucano de Música em 1995, o SaGRAMA mantém sua essência na formação instrumental equilibrada entre sopros, cordas e percussão. “Essa combinação resultou em uma identidade tão marcante que se tornou um verdadeiro ‘carimbo’ do grupo: quem ouve, reconhece”, avalia Cláudio Moura.
Festa que vai além do palco
As comemorações incluem o show “Na trilha dos 30”, uma prévia de carnaval, além de um livro biográfico e um minidocumentário. “A gente imaginou uma série de eventos e produções para celebrar essa trajetória que culmina com estas duas apresentações”, explica a produtora Manuela Vieira.
SERVIÇO
📍 Show: "SaGRAMA 30 anos: Poesia e música"
🎤 Participações: Petrúcio Amorim, Jessier Quirino, Beto Hortis, Sarah Leandro e Laila Campelo
🗓 Quando: 16 de agosto, às 19h30, e 17 de agosto, às 17h
🏛 Onde: Teatro do Parque (Rua do Hospício, 81, Boa Vista)
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