Como acertar na harmonização de vinhos para a ceia de Natal?
Vinhos brancos ou tintos: saiba como escolher a cor e os sabores
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À medida que o ano se encerra, o foco volta-se para a ceia de Natal, uma tradição duradoura entre amigos e familiares. Para os entusiastas de vinho, a questão que surge é a harmonização ideal entre diferentes rótulos e pratos natalinos.
De acordo com Jorgeane Meriguette, sommelier da importadora Wine Concept Brasil, a combinação entre vinhos e alimentos pode ser mais descomplicada do que parece.
O espumante, conhecido por ser um coringa nas celebrações de ano novo, revela-se uma escolha versátil, harmonizando bem não apenas com brindes, mas também com entradas e até mesmo salada de bacalhau. Para os apreciadores de Salpicão, a sugestão é um vinho rosé.
“Um rosé com acidez equilibrada e com notas frutadas, marcado pela leveza e frescor casa super bem com esse prato”, explica Jorgeane.
Na maioria das vezes, com exceção do porco, cor do vinho se aparenta com a cor da proteína. Carnes brancas como peru e frango pedem um vinho branco, principalmente se o preparo da proteína não levar muitos condimentos.
A ideia aqui é optar por um vinho leve e fresco, com notas cítricas e aromas frutados, como maçã verde e pêssego. Quando se parte para uma carne de porco (pernil, por exemplo) e pratos com carne vermelha (filet) a ideia é não arriscar e ir na clássica combinação com vinhos tintos.
“A ideia aqui é pensar em um tinto mais leve para carnes menos condimentadas e um vinho mais encorpado, principalmente se a carne levar cogumelos no preparo ou passar por algum tipo de defumação”, ressalta a sommelière.
Para fechar a ceia com bolos e as famosas rabanadas, a ideia é investir num vinho de sobremesa, como um vinho do Porto.
“Um vinho do Porto encorpado, com notas complexas de frutas secas e especiarias. Sua doçura equilibrada e acidez oferecem o casamento perfeito com a rabanada. Ao harmonizar esses sabores, você cria uma combinação sublime, onde o doce das rabanadas é complementado pelas nuances ricas e aromáticas do vinho. É uma experiência sensorial que certamente será inesquecível”, finaliza Jorgeane.
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