Renda do pernambucano é a 18ª no ranking nacional, uma das piores do Brasil
Apesar do aumento para R$ 2.720 em 2025, Pernambuco segue com uma das menores rendas do país e lidera taxa de desocupação
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A renda média mensal dos trabalhadores em Pernambuco chegou a R$ 2.720 no segundo trimestre de 2025, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira (15). O valor representa alta em relação ao trimestre anterior (R$ 2.689) e ao mesmo período de 2024 (R$ 2.371). Com esse resultado, o estado segue no 18º lugar no ranking nacional de rendimento, abaixo da média brasileira, que ficou em R$ 3.173.
PERNAMBUCO LIDERA TAXA DE DESOCUPAÇÃO
Apesar do avanço na renda, Pernambuco registrou a maior taxa de desocupação do Brasil (10,4%) no mesmo trimestre. Vai na contramão do que está acontecendo em nível nacional.
O país como um todo, por seu turno, apresentou uma desocupação de apenas 5,8%, a menor de toda série iniciada em 2012.
O índice estadual de desocupação é quase o dobro da média nacional (5,8%), que alcançou o menor patamar desde o início da série histórica, em 2012.
Entre os estados, a Bahia (9,1%) e o Distrito Federal (8,7%) aparecem logo atrás de Pernambuco no ranking da desocupação. Já Santa Catarina (2,2%), Rondônia (2,3%) e Mato Grosso (2,8%) apresentaram os menores índices.
MULHERES MAIS AFETADAS PELO DESEMPREGO
A taxa de desocupação atinge de forma desigual diferentes grupos. Enquanto o percentual entre os homens pernambucanos ficou em 9,3%, entre as mulheres alcançou 11,8%. O recorte por cor ou raça mostra pouca diferença entre brancos (9,4%) e pretos (9,9%), mas o índice sobe para 11,1% entre os pardos.
INSTRUÇÃO E MERCADO DE TRABALHO
A pesquisa também revelou que pessoas com ensino médio completo enfrentam maior dificuldade de inserção, registrando taxa de desocupação de 12,6%. Já quem possui nível superior incompleto teve 10,6%, quase o dobro do índice dos trabalhadores com curso superior completo (5,4%).
INFORMALIDADE EM QUEDA
A taxa de informalidade em Pernambuco atingiu 47,5% da população ocupada no segundo trimestre de 2025. Apesar de ainda estar acima da média nacional, o índice vem apresentando redução desde o fim de 2023. O levantamento mostra também que quase um em cada quatro trabalhadores pernambucanos (24,6%) atua por conta própria, evidenciando o peso desse tipo de ocupação no mercado local.
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