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Economia

Inadimplência em queda: respiro financeiro para consumidores em Pernambuco

Número de endividados caiu 2,5% e o de inadimplentes também teve queda de 6,5%


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Imagem ilustrativa da imagem Inadimplência em queda: respiro financeiro para consumidores em Pernambuco
As modalidades de dívidas mais comuns entre as famílias pernambucanas de menor renda incluíam o cartão de crédito (94,8%) |  Foto: Divulgação

A análise especial da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), conduzida pela Confederação Nacional de Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), aponta que, em novembro, 418 mil residentes de Pernambuco estavam endividados, abrangendo compromissos como cartão de crédito, financiamentos, carnês e crédito pessoal.

Simultaneamente, 172 mil pernambucanos enfrentavam inadimplência. Contudo, em comparação com a pesquisa de outubro, houve uma redução de 2,5% no número de endividados e uma diminuição de 6,5% na quantidade de inadimplentes em novembro.

As modalidades de dívidas mais comuns entre as famílias pernambucanas de menor renda incluíam o cartão de crédito (94,8%), seguido por carnês (27,9%) e crédito pessoal (6,2%).

O tempo médio de comprometimento do orçamento familiar com dívidas em Pernambuco era de 8 meses, enquanto o período médio de contas em atraso era de 63 dias no estado, ligeiramente abaixo da média nacional de 64 dias.

O economista da Fecomércio-PE, Rafael Lima, ressaltou que, em novembro, o índice de endividamento das famílias em Pernambuco alcançou um patamar semelhante ao de julho de 2022. Para ele, a diminuição da inadimplência em Pernambuco pode ser justificada por alguns fatores.

Inclui a melhora nos empregos formais dos últimos dois meses no estado e na renda da população, que apontam para um cenário mais favorável em relação à inadimplência das famílias. Além disso, o empenho do programa Desenrola na negociação de dívidas, contribuem para a redução da inadimplência Rafael Lima, Economista da Fecomércio-PE

Os prejuízos da inadimplência

A inadimplência acarreta despesas adicionais, como juros, multas e encargos, podendo agravar ainda mais os problemas financeiros, especialmente para consumidores com menor renda.

O endividamento representa uma dificuldade que afeta muitos consumidores, influenciando diretamente em sua receita mensal. Isso acontece porque o endividamento diminui o poder de compra das famílias, especialmente em relação a produtos não duráveis, como alimentos, bebidas e combustíveis.

Além disso, um alto nível de endividamento pode resultar em um ciclo vicioso, onde as famílias se veem obrigadas a contrair novas dívidas para quitar as antigas. Esse cenário amplifica os gastos com juros, tornando ainda mais desafiador sair da situação de endividamento.

Quando os devedores permanecem em situação de inadimplência por um período prolongado, enfrentam desafios financeiros que substancialmente reduzem sua capacidade de consumo. Por outro lado, as empresas podem enfrentar obstáculos no fluxo de caixa, desencadeando uma desaceleração econômica.

Sobre a pesquisa

A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) referente ao estado de Pernambuco foi divulgada na terça-feira (05), apresentando um recorte especial realizado pela Fecomércio-PE.

Essa pesquisa aborda o endividamento das famílias, considerando contas ou despesas provenientes de cartão de crédito, cheques pré-datados, carnês de lojas, empréstimo pessoal, compra de imóveis, prestações de carros e seguros.

Dentro da pesquisa, as estimativas são segmentadas em dois grupos de renda: famílias com renda de até 10 salários mínimos e aquelas com renda superior a esse patamar. O objetivo é diagnosticar o nível de endividamento e inadimplência do consumidor, incluindo a análise do percentual de inadimplentes, a intenção de pagamento de dívidas em atraso e o nível de comprometimento da renda.

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