Bonito ganha título de Capital do Ecoturismo
O título joga ainda mais luz na cidade que se destaca pela beleza das quedas de água.
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Conhecido por suas cachoeiras, natureza exuberante, um pôr do sol que abraça em meio a rochas e matas, o município de Bonito, a 136 quilômetros do Recife, agora passa também a ser chamado de Capital do Ecoturismo. O título joga ainda mais luz na cidade que se destaca pela beleza das quedas de água. A cidade é um contraponto no Agreste de Pernambuco, região conhecida por seu solo e clima semiárido.
Título para chamar de seu
Além de ter seu lado místico e histórias que remetem ao sebastianismo, Bonito agora tem um título para chamar de seu, como outras cidades de Pernambuco que ganharam expressão nacional por produzir algo em específico, como Pombos, a Terra do Abacaxi, ou por ter um evento cultural forte, como Surubim, a Terra da Vaquejada.
A cidade ganhou o título no dia 11 de setembro, através de um Projeto de Resolução do deputado estadual João Paulo (PT). O prefeito Gustavo de Albuquerque (PSB), ficou feliz de saber que todo trabalho e investimento na área de ecologia e turismo estão gerando resultados. Segundo ele, Bonito tem vários destinos de aventura, com tirolesa, rapel, quadriciclo, bike, balão, arvorismo e camping. Tudo no município envolve o morador e a natureza, um benefício que se estende para todos os visitantes. "Estamos muito felizes. O título consolida tudo isso".
Sete maravilhas de Pernambuco
“Bonito é uma das sete maravilhas de Pernambuco, é uma cidade conhecida como um dos maiores destinos turísticos do Estado. Aqui tem tantos lugares fantásticos, que ficamos felizes com mais este título. Só para você ter uma ideia, temos 1.200 leitos em hoteis”, disse Gustavo Albuquerque (PSB), frisando que grande parte dos moradores trabalham na área de serviços e no ecoturismo.
Comunidade beneficiada
“A Terra das Cachoeiras soube aproveitar os atrativos da natureza transformando-os em alternativa de desenvolvimento sustentável”, disse João Paulo. “O ecoturismo desenvolvido pelo município além de sustentabilidade ambiental, tem função social e econômica. A comunidade local se beneficia na prestação de serviços, das atividades esportivas em que o meio ambiente é a grande atração e das atividades que compõem a cadeia produtiva do turismo local, o que contribui para o aumento da renda per capita da Região”, disse, destacando a importância do poder público local pelas ções comportamentais de preservação.
De tudo um pouco
Entre alguns destaques que atraem os holofotes para Bonito, destacam-se alguns. Bonito tem teleférico, passeio de helicóptero, campings (como o Bonito Ecoparque e o Mágico), uma capela no ponto mais alto da cidade (a Mont Serrat) e uma das cachoeiras mais famosas do Nordeste, chamada de Véu da Noiva, com moderado grau de dificuldade, e 32 metros de queda de água. A pedra do rodeadouro é outro atrativo que emociona.
Um balão mágico
Uma das maiores belezas em Bonito é o passeio de Balão, que tem duração de 45 minutos e o deslocamento vai de 8 a 15 quilômetros. O voo permite uma conexão íntima com a natureza, o céu e a terra, considerando a harmonia com o vento e o ambiente ao seu redor.
Sebastianismo
Além das cachoeiras, outras correntezas do passado já moldaram a trajetória de Bonito, tanto no cenário pernambucano quanto brasileiro. A Pedra do Rodeadouro, um dos seus ícones, serviu como palco de um movimento sebastianista em 1820.
O sebastianismo é como um rio subterrâneo de profecia que surgiu em Portugal após o desaparecimento do Rei Dom Sebastião na Batalha de Alcácer-Quibir, em 1578, nas terras africanas. Com seu corpo jamais encontrado e a crença de que ele poderia retornar para salvar o reino, uma lenda começou a fluir como água em leito incerto. Até hoje, o movimento sebastianista é comentado pelos que querem conhecer a cidade.
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