Náutico: A ansiedade não pode entrar em campo!
A missão do elenco é vencer e a do torcedor é apoiar independente das circunstâncias da partida e dos outros resultados

Está chegando o grande dia para o Náutico. A partida mais importante de toda a temporada e, por que não dizer, a mais importante dos últimos anos? No próximo sábado (11), às 17h, o Estádio Eládio de Barros Carvalho, o bom e velho caldeirão dos Aflitos, estará fervendo. Será o destino da grande massa alvirrubra: jovens, crianças, idosos, famílias... Todos com o objetivo de apoiar o Gigante da Rosa e Silva na luta por uma vaga na Série B em 2026.
O desafio não é tão simples e o Náutico não depende apenas de si. Na última posição do grupo B do quadrangular, com 5 pontos, a equipe de Hélio dos Anjos precisa derrotar o Brusque, que tem 6 e vem de duas vitórias seguidas, ocupando a terceira colocação, e torcer para que o Guarani, vice-líder, não vença a já classificada Ponte Preta, no tradicional “Derby Campineiro”, no Moisés Lucarelli. Todos os jogos serão no mesmo dia e horário.
É importante que as tensões externas não entrem em campo. Neste quadrangular, por incrível que pareça, os Aflitos não têm sido um ponto positivo para o Náutico. Todos os pontos do Timbu foram conquistados fora de casa nesse momento decisivo da Série C (3 pontos contra o Brusque, 1 ponto contra a Ponte e 1 ponto contra o Guarani). Perto da torcida, foram dois jogos e duas derrotas: 2 a 0 para Guarani e 1 a 0 Ponte Preta. O momento é de desconstruir esse retrospecto recente e construir um novo cenário, o que todos estão habituados a ver: o Náutico sendo forte e vitorioso em seus domínios.
A missão do elenco é uma só: vencer. Não importa se o gol será de jogada trabalhada, pênalti, falta, depois de "confusão" na área. Como diziam os cronistas antigos: “nem que seja meio a zero”, o importante são os três pontos. Mas essa cobrança e necessidade da vitória, não deve ser confundida como pressão desnecessária, pois isso transformaria o rendimento do time apenas em ansiedade e correria. Quem tem que sentir a pressão é o Brusque, por também precisar da vitória e não poder contar com o apoio do seu torcedor. O time alvirrubro não fez uma das melhores campanhas da primeira fase e a maior sequência invicta do campeonato na sorte, foi na base de trabalho, e ninguém desaprende do dia para a noite. Basta entender que têm, no mínimo, 90 minutos de bola rolando e que as chances, quando surgirem dentro do jogo, precisam ser aproveitadas. Os atletas terão a oportunidade de escrever o nome na história do centenário Clube Náutico Capibaribe, e não há motivação maior que essa.
O torcedor do Náutico tem uma tarefa mais simples, porém não menos importante: apoiar até o último momento, independente das circunstâncias da partida.. É natural que haja ansiedade da torcida, principalmente se os resultados de outros jogos não estiverem ajudando a equipe Alvirrubra e o próprio time não estiver em um dia bom. É em momentos assim que o décimo primeiro jogador entra em ação, aplaudindo até quando o time, por nervosismo, errar a cobrança de um simples lateral. O torcedor deve entender que profissional nenhum entra em campo pensando em fazer vergonha (salvo em exceções dos casos de máfias das apostas, algo que não vem ao caso). Vá ao estádio para apoiar, pois quem entrar em campo estará representando a instituição Náutico, o torcedor gostando ou não da escolha do treinador.

E por falar em treinador... Hélio dos Anjos tem a oportunidade de escrever mais um capítulo na sua vitoriosa carreira. Experiente, um técnico que se reinventou e mostrou que idade não tem nada a ver com profissional ultrapassado. Tem gente com 40 que ficou parada no tempo e sessentões que mostram que continuam sendo essenciais para o futebol. Hélio é prova disso.

O cenário, a meu ver, é positivo para o Náutico. A expectativa também é das melhores. Fim de semana está pertinho e com ele a possibilidade de mais um acesso no futebol pernambucano em 2025, e dessa vez com o Timbu saindo de um local que não lhe pertence (Série C), subindo mais um degrau (Série B) até, quem sabe em breve, se firmar no local onde ele nasceu para ficar, que é a Série A.
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