A Seleção é repleta de bons coadjuvantes, mas sofre com a escassez de gênios
Rafael Araújo
Rafael Araújo é formado em jornalismo pela Uninassau Recife. Atua como repórter e colunista de esportes no portal Tribuna Online. É também produtor do Jogo Aberto Pernambuco da Tv Tribuna PE / Band.
A falta de referência e liderança no elenco da atual Seleção Brasileira é uma preocupação que se acentua a pouco mais de seis meses da Copa do Mundo de 2026, que será sediada nos Estados Unidos, Canadá e México.
Historicamente, o Brasil sempre ostentou grandes nomes em grupo, jogadores que a torcida e o mundo do futebol enxergavam como craques capazes de desequilibrar e definir um jogo a qualquer momento. Mas, no grupo atual, a pergunta persiste: temos essa referência?
Longe de ser pessimismo, esta é uma análise racional que não desmerece o trabalho que está sendo iniciado por Carlo Ancelotti. O treinador italiano é o que menos tem culpa pela ausência de grandes nomes. A recente derrota para o Japão por 3 a 2 – a primeira na história contra os japoneses – apesar de ser um amistoso e com diversas modificações, serviu para revelar o tamanho do desafio que ele terá pela frente. O Brasil tem um seleto grupo de coadjuvantes, mas falta um ator principal, alguém que cause "temor" nos adversários, algo que não se vê há muito tempo.
Para quem já teve Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, Rivaldo e Romário, é difícil se acostumar com a escassez de gênios. Enquanto a Argentina conta com Messi (mesmo que sua participação no próximo mundial seja incerta), Cristiano Ronaldo ainda faz a diferença em Portugal, a Espanha ressurge com uma geração renovada, nós seguimos como uma seleção que demonstra que ficará mais uma vez pelo meio do caminho em 2026.
Temos bons jogadores e um treinador que é, sem dúvida, um dos maiores da história. No entanto, nosso futebol vive uma tenebrosa escassez de craques, algo que não se reverte da noite para o dia. É preciso uma reflexão ampla para entender o porquê de chegarmos a este ponto. Perdemos nossa essência? O que aconteceu com o futebol arte, com o gingado, os dribles e a habilidade que sempre caracterizaram nossos jogadores? Perdemos a receita do bolo (ou da bola)?
Com todo o respeito a cada um dos atletas, é preciso reafirmar: a Seleção está repleta de coadjuvantes. Faltam os mágicos, os gênios e os craques que sempre fizeram a diferença e alegria no futebol pentacampeão do mundo.
SUGERIMOS PARA VOCÊ:
Tribuna da bola, por Rafael Araújo
Rafael Araújo é formado em jornalismo pela Uninassau Recife. Atua como repórter e colunista de esportes no portal Tribuna Online. É também produtor do Jogo Aberto Pernambuco da Tv Tribuna PE / Band.
ACESSAR
Tribuna da bola,por Rafael Araújo
Rafael Araújo é formado em jornalismo pela Uninassau Recife. Atua como repórter e colunista de esportes no portal Tribuna Online. É também produtor do Jogo Aberto Pernambuco da Tv Tribuna PE / Band.
Rafael Araújo
Rafael Araújo é formado em jornalismo pela Uninassau Recife. Atua como repórter e colunista de esportes no portal Tribuna Online. É também produtor do Jogo Aberto Pernambuco da Tv Tribuna PE / Band.
PÁGINA DO AUTORTribuna da bola
Na coluna Tribuna da Bola você encontrará muita informação e sempre com o olhar crítico do jornalista e cronista esportivo Rafael Araújo. O futebol é muito mais que bola na rede ou dois times em campo. Tem paixão, histórias marcantes, negociações milionárias e até mesmo política nos bastidores. E por ser tão amplo, o Tribuna da Bola não poderia ser diferente. Falamos de tudo que envolve esse esporte absurdamente apaixonante.