Suspeita de Mpox leva à suspensão de aulas em Paulista, mas governo evita alarme
Casos continuam sendo monitorados: entenda a doença e por que o pânico não é considerado justificado
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Pouco conhecida, a Mpox causou uma situação de pânico no município de Paulista, na Região Metropolitana do Recife.
As aulas da Escola de Referencia em Ensino Médio de Paulista foram suspensas, nesta quarta-feira (28), após suspeitas de que um aluno estaria com Mpox, antes conhecida como varíola dos macacos.
A paralisação das aulas teria sido autorizada pela Gerência Regional de Educação, segundo o comunicado da unidade escolar.
Por meio de nota, o Erem disse que aguarda o posicionamento da Secretaria Estadual de Saúde para receber as devidas orientações e procedimentos a serem adotados.
“Pedimos que alunos que estejam com sintomas de gripe ou algo parecido, procure informação sobre a doença e, no caso de suspeita, vá à Unidade de Pronto Atendimento mais próxima e relate o único caso da escola”, diz um trecho da nota do Erem.
A Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco (SEE) esclareceu que a unidade foi informada pela família do estudante e que as orientações e protocolos estabelecidos pela área de saúde serão observados. Mas destacou que não houve recomendação para a suspensão das aulas na Unidade.
“A pasta segue acompanhando o caso e iniciará, em parceria com a Saúde, ações de conscientização sobre a doença a fim de informar toda a comunidade escolar”, frisa um trecho da nota da SEE.
Até às 14h06, a Secretaria de Saúde declarou não ter recebido notificação oficial da escola. “A SES-PE reforça que o monitoramento de casos de Mpox continua sendo realizado, normalmente pela Rede de Saúde, a partir de protocolos já definidos e orientados pela Vigilância Epidemiológica”.
De acordo com a secretaria, “não há indicação ou orientação de suspensão de aulas em decorrência de suspeitas de Mpox, visto que a transmissão se dá, principalmente, por meio de contato com as lesões de pele do paciente e, no caso da suspeita clínica ou confirmada para a doença, o paciente deve permanecer em isolamento domiciliar até a cicatrização das lesões”.
Segundo a Secretaria de Saúde, no primeiro semestre de 2024, foram registrados apenas 10 casos de MPox em Pernambuco, um número que exige vigilância, mas ainda não é considerado alarmante.
Em todo ano de 2023, o número foi de 23 casos. Já em 2022, ainda durante a pandemia da Covid-19, foram contabilizados um total de 325 contaminações.
A doença foi classificada como uma emergência de saúde pública de importância internacional pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Mas a OMS não indica confinamento.
“A Mpox não é uma nova covid-19”, disse o diretor regional da OMS para a Europa, Hans Kluge.
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