SES-PE identifica 278 casos suspeitos de Maré Vermelha em Tamandaré
Técnicos da Secretaria Estadual de Saúde fizeram mapeamento de possíveis casos de intoxicação causados por algas nocivas
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Representantes da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), através da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), da Diretoria Geral de Vigilância Ambiental e Saúde do Trabalhador e III Gerência Regional de Saúde (III Geres), estiveram no município de Tamandaré, nesta quinta-feira (1º), em visita técnica, para identificar e mapear os possíveis casos de intoxicação relacionada ao fenômeno da Maré Vermelha (popularmente conhecido Tingui, Febre de Tamandaré), que é uma Floração de Algas Nocivas.
Os técnicos da SES-PE, juntamente com as equipes de saúde do município, realizaram o levantamento e análise dos prontuários de atendimentos dos pacientes que buscaram o hospital local, no período de 26 a 30 de janeiro, com relato de cefaleia (dor de cabeça), mal-estar, dor no corpo, náusea, dor abdominal, vômitos e irritação ocular, de garganta, nasal e de pele com contato direto ou indireto com o mar.
Em uma análise preliminar do período, 278 casos suspeitos foram identificados nos prontuários do Hospital Municipal. Os casos serão analisados para confirmação ou não. O número de casos poderá ser alterado até o final da investigação.
Pelo momento atual do ciclo da floração dessas algas, a tendência é que haja a diminuição de casos relacionados ao fenômeno. Porém, é importante o monitoramento constante por parte dos órgãos ambientais, uma vez que novos episódios podem ocorrer durante o verão.
Não há, neste momento, a orientação para evitar a ida ao mar ou praia, bem como para evitar o consumo de moluscos (mariscos, ostras e sururu). Mas a população deve estar atenta ao odor e a coloração da água do mar que pode sinalizar possíveis novos episódios. Nessa situação, deve-se evitar a proximidade com os locais afetados.
Ainda durante a visita, representantes da SES e do município de Tamandaré estiveram presentes na Associação de Pescadores, a convite da presidente da Associação, Maria Madalena, que foi a responsável pelo sinal de alerta às autoridades de saúde do Estado.
Na oportunidade, foi informado que cerca de 200 pescadores apresentaram sintomas da intoxicação durante a Maré Vermelha. Alguns relatos dos pescadores foram feitos durante o encontro. Eles acreditam que o "Tingui" - forma como eles conhecem o fenômeno-, foi mais forte do que em anos anteriores, visto que desde a década de 1940 episódios semelhantes ocorreram na região.
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