X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Cidades

Santa Luzia registra cerca de 20 atendimentos de pessoas feridas por balas em gel

Guerra com armas de balas de gel também vira situação de saúde e segurança públicas no Recife e Região Metropolitana


Ouvir

Escute essa reportagem

Imagem ilustrativa da imagem Santa Luzia registra cerca de 20 atendimentos de pessoas feridas por balas em gel
Somente nesta semana, o Hospital Santa Luzia, que é uma unidade de saúde particular, atendeu cerca de 20 pessoas ferida |  Foto: Divulgação

A brincadeira com balas de gel disparadas por armas tem se tornado uma preocupação crescente para a saúde e segurança pública no Recife e na Região Metropolitana. Somente nesta semana, o Hospital Santa Luzia, que é uma unidade de saúde particular, atendeu cerca de 20 pessoas feridas, muitas delas com lesões oculares graves causadas pelos disparos. No Altino Ventura, que é público, o número de casos chegou a quase 30.

As armas com balas em gel têm sido usadas até mesmo em ambientes de trabalho e afeta a rotina de quem não participa das brincadeiras, que já provocaram uma morte em Olinda.

A oftalmologista Kamila Vasconcelos, formada pela Fundação Altino Ventura e integrante da equipe do Santa Luzia, alerta para o aumento desses casos e as consequências que podem ser irreversíveis.

No SUS, o número de casos é ainda maior

"Nos últimos dias, a gente tem observado um aumento desses casos das lesões oculares causadas por bala de gel. Só no Santa Luiza a gente vê um número assim em média de 20 casos na última semana, mas a gente sabe que isso tem uma tendência aumentando .E olha que é uma emergência privada. Na emergência SUS, a gente consegue vê que o número de casos está muito mais expandido", disse Kamila, enfatizando o impacto crescente da brincadeira na saúde da população.

Veja também: Motorista dispara arma de fogo em meio à guerra de armas de gel no Recife

A médica explicou que os pacientes que chegam ao hospital relatam uma variedade de situações, desde brincadeiras com amigos até incidentes no ambiente de trabalho.

"A maioria dos pacientes são jovens, eles falam que estavam participando de brincadeiras com os amigos quando aconteceu o incidente, porém a gente também tem casos de pacientes que foram atingidos até mesmo no ambiente de trabalho, que o colega acabou disparando, não sabia assim das consequências e aconteceu de afetar, de bater no olho", comentou.

Danos nos olhos podem ser permanentes

O risco das balas de gel, que parecem inofensivas, pode causar danos permanentes. "Quando a bala de gel atinge o olho pode causar várias lesões, desde hematomas, erosões na córnea até traumas mais graves como hifema, que é um sangramento na câmara anterior do olho, laceração da córnea, laceração da esclerótica. Pode causar descolamento de retina, até ruptura do globo ocular", alertou a oftalmologista.

Segundo ela, "o mais comum é que haja abrasões e contusões, mas sempre existe o risco de complicações mais sérias, principalmente se o impacto for mais direto."

Kamila também destacou o risco de cegueira. "Dependendo do trauma, pode ter sim a perda de visão parcial ou total. Casos de ruptura de globo ocular, lesão de retina, infecções secundárias ao trauma podem levar a cegueira irreversível, principalmente se não for tratado rapidamente."

Brincadeira de mal gosto afeta rotina de quem não está envolvido

A médica reforçou ainda que, embora a brincadeira seja comum em áreas abertas, como ruas e praças, ela pode atingir qualquer pessoa, inclusive quem não está envolvido diretamente na atividade.

"A maioria dos relatos envolve brincadeiras em áreas abertas, em ruas, praças, locais com muitas pessoas. Algumas pessoas também mencionam acidentes em ambientes fechados, mas o mais comum é em ambientes abertos", explicou.

Ela finalizou alertando para a necessidade de prevenção. "Embora pareça uma brincadeira inofensiva, ela pode causar danos oculares graves. É fundamental que as pessoas utilizem os equipamentos de proteção como óculos apropriados, EPI, e sigam as orientações de segurança. Para os pais, é muito importante supervisionar o uso desses dispositivos por crianças e adolescentes. Qualquer lesão ocular, por menor que seja, deve ser avaliada imediatamente por um oftalmologista para evitar complicações."

Polêmica chegou à Assembleia Legislativa

O tema chegou à Assembleia Legislativa de Pernambuco e vai começar a tramitar nas comissões. O deputado estadual Romero Albuquerque apresentou um Projeto de Lei que prevê a proibição da comercialização e uso das chamadas "gel blasters", ou "armas de gel", no estado.

Segundo Romero Albuquerque, o projeto busca atualizar a Lei Estadual nº 12.098/2001, que proíbe a fabricação, venda e comercialização no Estado de Pernambuco, de Brinquedo que tenha formato, característica e/ou cor semelhante as armas verdadeiras e dá outras providências

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: