Saiba como a Polícia Cientifica trabalha para identificar casos de intoxicação
Segundo as autoridades, estratégias estão sendo usadas para retirar bebidas adulteradas de circulação em Pernambuco

O consumo de bebidas adulteradas com metanol tem representado um risco severo à saúde pública em todo o país. Os casos de intoxicação com a substância tem chamado a atenção de autoridades de diversos segmentos, principalmente da saúde, sanitária e policial.
Em Pernambuco, a Polícia Científica de Pernambuco, que está vinculada à Secretaria de Defesa Social (SDS),informou que está adotando uma estratégia com três frentes de atuação. Essa ação, segundo a instituição, tem o objetivo de agilizar os processos técnicos e retirar de circulação as bebidas adulteradas, além de apoiar as investigações da Polícia Civil no estado.
Ainda de acordo com a Polícia Científica, todo o processo começa no Instituto de Medicina Legal (IML), onde são coletados materiais como sangue, urina e humor vítreo de pessoas com suspeita de ingestão da substância. Segundo o médico legista, Mauro Catunda, esta etapa da perícia é "fundamental para confirmar ou descartar a presença do metanol nas vítimas", já que achados clínicos isolados não oferecem um resultado conclusivo.
Em seguida, o Laboratório de Toxicologia Forense é responsável por analisar o sangue de pessoas que possam ter ingerido as bebidas, tanto em casos de observação clínica quanto em vítimas fatais.
A terceira frente, no Laboratório de Química Forense do Instituto de Criminalística, analisa as amostras de bebidas recolhidas ou apreendidas para confirmar a adulteração. De acordo com o perito criminal da Polícia Científica de Pernambuco, Rafael Arruda, esta análise ocorre por meio da comparação entre o material investigado e um material de referência. Segundo o perito, é importante alertar a população para a necessidade de cautela e destaca que, em caso de dúvida, o melhor é não consumir a bebida.

RECOMEDAÇÕES AO CONSUMIDOR
Os especialistas também recomendam observar a integridade do lacre, a presença do selo fiscal e a qualidade da impressão do rótulo, além de desconfiar de preços muito baixos e evitar a compra em vendedores informais.
De acordo com o Governo de Pernambuco, atualmente, apenas um caso segue em investigação, em Lajedo, no Agreste, envolvendo três vítimas que consumiram a mesma bebida.
A Polícia Científica informou ainda que, no município de João Alfredo, também no Agreste, "foi descartada a hipótese de intoxicação por metanol".
O CIDADÃO PODE E DEVE AJUDAR
Para colaborar com as investigações, o cidadão pode procurar a delegacia mais próxima ou utilizar os canais de denúncia, como o 181 ou a plataforma digital da Denúncia Interativa.
Os atendimentos da Ouvidoria da SDS também podem ser realizados pelos seguintes canais: [email protected] (e-mail), 0800.081.5001 (ligação gratuita) e (81) 99488-3455 (WhatsApp).
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