Raposa morre após atacar criança de 3 anos: animal estava com raiva
O ataque, registrado por câmeras de segurança, levou a menina a ser socorrida urgentemente
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A raposa que atacou uma criança de 3 anos em Taquaritinga do Norte, no Agreste de Pernambuco, morreu após o incidente, que ocorreu no último fim de semana. O ataque, registrado por câmeras de segurança, levou a menina a ser socorrida urgentemente para atendimento médico.
O animal possivelmente estava com raiva, uma doença viral grave que afeta o sistema nervoso central de mamíferos, incluindo humanos. É causada pelo vírus da raiva, transmitido principalmente pela mordida de um animal infectado.
Segundo a bióloga Yumma Valle, do Parque Estadual de Dois Irmãos, a raposa, conhecida como raposinha-do-campo, é comum em áreas rurais de Pernambuco.
Geralmente, esses animais são tranquilos e evitam contato com humanos, tornando o ataque uma ocorrência atípica.
Yumma Valle explicou que o comportamento agressivo da raposa deve ter sido causado pela raiva, uma doença que afeta o sistema nervoso e altera o comportamento do animal. Um dos sinais da doença é a falta de medo dos seres humanos e a salivação em excesso.
A menina, que foi mordida durante o ataque, recebeu os cuidados médicos necessários e já teve alta hospitalar.
A bióloga ressaltou a importância de procurar atendimento médico imediato em casos de contato com animais silvestres, uma vez que a raiva é uma doença grave, mas tratável, se diagnosticada a tempo.
"Temos tanto a vacina quanto o soro disponíveis no SUS, que são essenciais para evitar o desenvolvimento da doença", destacou Ilma.
Durante o ataque, o pai da criança, que estava presente no local, conseguiu salvar a menina ao chutar a raposa, matando-a. A ação tenha sido decisiva para proteger a menina, segundo a especialista.
No entanto, a população não deve interagir com animais silvestres em outros tipos de circunstância. "O ideal é se afastar e buscar ajuda especializada, evitando qualquer contato direto", orientou a bióloga.
Segundo ela, a raiva é transmitida pela saliva de animais infectados e pode ser transmitida por meio de mordidas ou arranhões.
Entre os sinais de que um animal pode estar com raiva estão a falta de medo do ser humano e a salivação intensa. No Sertão e no Agreste pernambucano, relatos de animais exibindo esses comportamentos são comuns, o que reforça a necessidade de cautela e rápida intervenção médica.
A menina que foi atacada já está fora de perigo e segue em recuperação, sem risco de desenvolver a forma grave da doença. O caso serve como um alerta para os cuidados necessários em áreas onde a presença de animais silvestres é comum.
Veja matéria da TV Tribuna PE, feita por Carlos Simões e exibida na 1ª edição do Jornal da Tribuna PE, a partir de 12h43.
Veja mais sobre as características principais da raiva
Transmissão: O vírus da raiva é geralmente transmitido através da saliva de animais infectados, principalmente por mordidas, mas também pode ocorrer por arranhões ou lambeduras em feridas abertas ou mucosas.
Sintomas: Em humanos, os sintomas iniciais podem incluir febre, dor de cabeça, fraqueza, e desconforto na área da mordida. À medida que a doença progride, pode causar ansiedade, confusão, paralisia parcial, alucinações, agitação, aumento de salivação, e hidrofobia (medo de água).
Gravidade: A raiva é quase sempre fatal uma vez que os sintomas clínicos aparecem. A única forma eficaz de prevenção após a exposição ao vírus é a administração imediata de vacinas antirrábicas e imunoglobulina.
Prevenção: A vacinação de animais domésticos e selvagens, além do controle populacional de animais de rua, são as principais formas de prevenção da raiva. A vacinação pós-exposição em humanos também é crucial.
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