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Cidades

Protesto bloqueia a Avenida Agamenon Magalhães e causa caos no trânsito

Manifestação é contra eventual desapropriação do terreno conhecido como Campo de Barro, localizado em Santo Amaro


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Imagem ilustrativa da imagem Protesto bloqueia a Avenida Agamenon Magalhães e causa caos no trânsito
|  Foto: Frame da TV Tribuna PE

Na noite desta sexta-feira (13), por volta das 18h30, horário considerado de pico, manifestantes bloquearam os dois sentidos da Avenida Agamenon Magalhães, nas imediações do cruzamento com a Rua Odorico Mendes, no Recife. O objetivo era parar o trânsito e protestar contra a eventual desapropriação do terreno conhecido como Campo de Barro, localizado atrás do Mercado de Santo Amaro, no Centro do Recife.

Cerca de 500 pessoas estavam na mobilização, que contou com queima de pneus e pedaços de madeira, muita fumaça, engarrafamento e estresse, tanto por parte de motoristas como passageiros. O protesto teve início na Avenida Cruz Cabugá durante o dia, também na região central da cidade, e mudou de lugar à noite.

De acordo com os moradores, o Campo de Barro é utilizado há mais de 50 anos para atividades esportivas e sociais, oferecendo lazer e qualidade de vida à comunidade. No entanto, segundo eles, o governo estadual, liderado pela governadora Raquel Lyra (PSDB), planeja desapropriar a área para a construção de moradias populares, o que gerou oposição dos moradores.

Imagem ilustrativa da imagem Protesto bloqueia a Avenida Agamenon Magalhães e causa caos no trânsito
De acordo com os moradores, o Campo do Barro é utilizado há mais de 50 anos para atividades esportivas e sociais, oferecendo lazer e qualidade de vida à comunidade |  Foto: Google Stret View/Reprodução/2023

Em entrevista à repórter Nádia Alencar, da TV Tribuna/Band, o líder comunitário Lúcio Flávio Nunes Soares reafirmou o compromisso da comunidade em lutar pela manutenção do espaço.

"Nós queremos ser ouvidos pela governadora, pois a comunidade cuida desse espaço há mais de 50 anos. É o único lugar de lazer que temos", declarou Lúcio, acrescentando que, apesar de reconhecer a importância das políticas de moradia da Governo do Estado, a comunidade não aceita a construção do habitacional no local.

 A manifestação só foi dispersada após a intervenção policial, mas os manifestantes prometeram novos protestos até que a governadora seja ouvida.

“Nós queremos ser ouvidos pela governadora, por isso que a comunidade está aqui. E se for possível, mesmo que a gente cause novamente transtorno, a gente vai estar aqui novamente para um novo protesto”, declarou Lúcio.

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