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Cidades

Nota de matemática de alunos brasileiros sofre queda com uso exagerado de celular

Mais de 45% dos estudantes relataram distração em todas ou quase todas as aulas


Imagem ilustrativa da imagem Nota de matemática de alunos brasileiros sofre queda com uso exagerado de celular
|  Foto: Divulgação

O excesso de exposição às telas, como smartphones e outros dispositivos digitais, e a consequente distração provocada por elas estão afetando o desempenho dos alunos em sala de aula. É o que aponta o relatório do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) de 2022, divulgado recentemente pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

O estudo mostrou que os estudantes que utilizam smartphones e outros dispositivos digitais, entre cinco e sete horas por dia, tiveram pontuação menor nos testes realizados pela entidade.

Aplicado a cada três anos, o Pisa avalia os conhecimentos dos estudantes de 15 anos de idade em três disciplinas. A edição de 2022 teve como foco o desempenho em matemática. No total, 690 mil estudantes de 81 países foram submetidos aos testes.

“Na média nos países da OCDE, os estudantes que passam até uma hora por dia na escola em dispositivos digitais para lazer obtiveram 49 pontos a mais em matemática do que os alunos cujos olhos ficavam grudados nas telas entre cinco e sete horas por dia, depois de levar em conta o perfil socioeconômico dos alunos e das escolas”, informou o relatório.

O levantamento apontou ainda que os estudantes brasileiros estão entre os que mais se distraem por causa de dispositivos digitais. Mais de 45% dos alunos relataram ter distração em todas ou quase todas as aulas de Matemática, por conta do uso dos aparelhos. A taxa é a sexta maior entre todos os países que participaram do Pisa.

Imagem ilustrativa da imagem Nota de matemática de alunos brasileiros sofre queda com uso exagerado de celular
Quatro em cada dez (40,3%) também dizem se dispersar quando veem outros colegas usando os aparelhos |  Foto: Divulgação

Quatro em cada dez (40,3%) também dizem se dispersar quando veem outros colegas usando os aparelhos. As duas taxas estão acima da média dos países da OCDE.

Os países em que os alunos mais relatam distração são Argentina, Uruguai, Chile, Bulgária e Nova Zelândia - apenas os argentinos têm um desempenho pior do que o Brasil em matemática, apontou o levantamento.

O resultado do relatório do Pisa confirma o alerta emitido nos últimos anos por outros estudos e entidades, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), que demonstram preocupações com os impactos danosos para crianças e adolescentes por conta do excesso de exposição às telas.

Diante do cenário, a pedagoga pernambucana e educadora física, Rose Jarocki, faz um alerta para os pais e para as instituições de ensino. Segundo ela, é necessário que as escolas e os responsáveis atuem de maneira conjunta para utilizar a tecnologia como um aliada e não deixar que ela se transforme em uma vilã na educação infanto-juvenil.

As escolas são espaços de conexão e com o advento “celular” esta função está em risco, pois nossos jovens estão cada vez mais ansiosos, sozinhos, depressivos e isolados em suas caixinhas, no seu mundo perfeito e particular. As escolas e as famílias precisam repensar as posturas em relação ao contato desses jovens com a tecnologia Rose Jarocki, Pedagoga e educadora física pernambucana

Atuando no ramo de acampamentos educativos há mais de três décadas, Rose faz um paralelo de como os dispositivos digitais têm afetado o comportamento das crianças e adolescentes.

“Ao longo dos últimos 35 anos recebendo escolas e lidando com crianças, ora em projetos pedagógicos, ora em acampamentos de férias, é notório que existe uma grande mudança comportamental nas crianças. É importante que ocorram algumas mudanças, pois precisamos evoluir”, diz ela.

A especialista acrescenta:“O que não podemos esquecer é que as crianças necessitam sobretudo de amor, alimento, saúde, acolhimento, respeito, além disso elas precisam brincar. Pois esta é a linguagem da criança e por meio dela será possível estabelecer limites, direitos, deveres, experiências, laços, memórias afetivas e tudo que nos fortalece”, detalha.

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Segundo Rose Jarocki, um dos comportamentos mais comuns vivenciados, atualmente, pelos jovens que participam dos acampamentos educativos é que ela chama de abstinência tecnológica |  Foto: Divulgação

Ainda segundo Jarocki, um dos comportamentos mais comuns vivenciados, atualmente, pelos jovens que participam dos acampamentos educativos é que ela chama de abstinência tecnológica.

Segundo Rose, que também é empresária, é fácil perceber que algumas crianças e adolescentes, ao chegarem no acampamento, passam por um período de abstinência tecnológica, gerando algumas vezes tristeza, recusa de participar e até inventar pequenas dores para voltar para casa, pois lá terá o seu celular de volta.

A situação é muito desafiadora e é uma linha muito tênue para ser identificada.

“No entanto, quando a família entende e acredita que este processo será benéfico, rapidamente as crianças começam a levantar a cabeça e descobrem o mundo e o outro por meio de atividades, brincadeiras, conversas e muitas experiências. Nas nossas temporadas de férias os celulares são proibidos, mas as conexões são permitidas e a comunicação com as famílias é estabelecida de forma adequada e segura”, ressalta a empresária.

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