"Letras pretas importam". A literatura como resistência no Dia da Consciência Negra
Reportagem da TV Tribuna homenageia a literatura feita por escritoras negras
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No Dia da Consciência Negra, o Jornal da Tribuna 1a. Edição exibiu uma matéria da jornalista Luciana Queiroz e do repórter cinematográfico Elias Valadares sobre como a literatura negra ajuda a contar a história dos povos ancestrais, ao mesmo tempo que valoriza e divulga a cultura afro, formadora da cultura brasileira, e derruba preconceitos, criando conexões.
Como personagens, a escritora Odailta Alves, e a jornalista e escritora Jaqueline Fraga. Odailta, autora de 10 livros, começou escrevendo sobre a realidade dos pretos favelados, que a toda hora tem que provar que merecem lugares de destaque e não a mira de um revólver. Já Jaqueline Fraga é autora de 4 livros. O primeiro deles com o título “Negra Sou: a ascensão da mulher negra no mercado de trabalho”, finalista do Prêmio Jabuti, em 2020. Na obra, cinco histórias de mulheres negras que atuam em profissões socialmente valorizadas como medicina, engenharia e odontologia e que ainda têm poucas mulheres negras exercendo. Assista a reportagem de Luciana Queiroz e Elias Valadares:
Aqui, o poema final da reportagem: Letras Pretas, de Odailta Alves.
" A sociedade só compreende a vida
Clara, muito claramente
Minhas letras vagam
Pela negritude que sou eu
Empretecem os meus caminhos
São canivetes afiados
Que denunciam os negros finados
O racismo velado
E sei que cada vocábulo
Não está sozinho
Tem o axé dos meus ancestrais
É banto, jeje, nagô
Palavras que ecoarão
Ressignificando a escuridão
Pois as letras pretas fazem
percursos próprios
Nunca foram claras,
Nem nunca serão.".
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