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Cidades

Lançamento do aplicativo SOS Maria da Penha promete reforçar combate ao feminicídio

Por meio de uma aplicativo baixado no celular, mulher pode alertar seus guardiões e pedir ajuda


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Imagem ilustrativa da imagem Lançamento do aplicativo SOS Maria da Penha promete reforçar combate ao feminicídio
Mulheres que desejam se mudar para outro estado começar uma nova vida também podem buscar emprego pelo aplicativo |  Foto: Reprodução de páginas do SOS Maria da Penha

As mulheres têm um novo dispositivo para pedir ajuda em caso de violência doméstica. Trata-se do aplicativo SOS Maria da Penha. A ferramenta digital, lançada na última quinta-feira (29), promete ajudar as vítimas de violência e seus guardiões a combater o feminicídio.

Desenvolvido pela Rarotec, o aplicativo foi apresentado durante um evento que visa não apenas informar sobre sua funcionalidade, mas também destacar sua importância crucial no combate ao feminicídio no estado.

Assim que a pessoa baixa o aplicativo, pode preencher quem é a primeira pessoa a ser informada de quem pode cadastrar como guardião e apertar o botão “alertar guardiões”. Ao todo, três guardiões podem ser cadastrados.

Botão de emergência e principais telefones para pedir socorro

O programa também dá orientações sobre onde ela pode pedir medidas protetivas e participar de cursos de qualificação, por exemplo, para ter independência financeira. E tem o botão de emergência.

Quando a reportagem foi testar o aplicativo, apareceu opções de emprego na Paraíba: duas vagas para programadora de computador e uma para gerente de projeto.

A modalidade “denuncie”, que serve muito para quem vê uma mulher sendo agredida, ainda não está funcionando para o Recife. Mas há os telefones de instituições de segurança. Já na opção “vagas disponíveis”, a mulher pode procurar emprego, inclusive em outra cidade.

O aplicativo SOS Maria da Penha oferece um canal direto e seguro para que mulheres em risco possam acionar ajuda imediata com apenas alguns toques na tela do celular.

Rafaelle Braga, representante da Rarotec, enfatizou a relevância dessa tecnologia na proteção das vítimas. "É uma ferramenta que pode salvar vidas. Permite às mulheres em situação de violência acionarem rapidamente a assistência necessária", declarou.

Um mapa sobre o sistema de proteção

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O aplicativo traz em mapa todo o sistema de proteção e dados sobre os locais da guarda municipal, da polícia civil, do Tribunal de Justiça de Pernambuco, do Ministério Público, além de endereços dos Centros de Referência de Assistência Social |  Foto: Reprodução de páginas do SOS Maria da Penha

O aplicativo traz em mapa todo o sistema de proteção e dados sobre os locais da guarda municipal, da polícia civil, do Tribunal de Justiça de Pernambuco, do Ministério Público, além de endereços dos Centros de Referência de Assistência Social

Em breve, no aplicativo, será disponibilizado o modo “teleconsulta” para que as mulheres tenham acesso a assistência jurídica e psicologia. A ferramenta ainda ajuda a valorizar os estabelecimentos “anti-assédio”, com um simples QR Code.

Pernambuco enfrenta uma grave situação de feminicídio, com números alarmantes que colocam o estado como líder no Nordeste nesse tipo de crime.

Autoridades, representantes da sociedade civil e especialistas estiveram presentes para debater como tecnologias como essa podem contribuir para a segurança e proteção das mulheres pernambucanas.

O lançamento do SOS Maria da Penha marca um esforço conjunto para enfrentar a violência de gênero de maneira mais eficaz e solidária.

Segundo Rafaelle Braga, espera-se que a iniciativa não apenas sensibilize, mas também mobilize a sociedade e as autoridades a adotarem medidas concretas para proteger e apoiar as mulheres em situação de vulnerabilidade no estado.

De acordo com dados da Secretaria de Defesa Social (SDS), 37 mulheres foram vítimas de feminicídio em Pernambuco nos primeiros seis meses de 2024. Esse número representa um aumento de 15,6% em comparação ao mesmo período de 2023, quando 32 mulheres perderam a vida.

Além disso, entre janeiro e junho deste ano, foram registradas 26.646 denúncias de violência doméstica ou familiar no Estado, o que resulta em uma média diária de 148 queixas.

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