Justiça acata pedido do MPPE para afastamento de agentes públicos no caso Tabatinga
Ministério Público solicitou e sete policiais militares foram afastados das funções para não interferirem nas investigações
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O Ministério Público de Pernambuco informou através de nota que, por meio da Promotoria de Justiça Criminal de Camaragibe, do Controle Externo da Atividade Policial e do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), requereu e teve deferidas judicialmente o afastamento das atuais funções públicas de " pessoas que, pelas condutas que tiveram durante a perpetração dos crimes e pela posição funcional que ocupam, podem influenciar na continuidade da investigação", diz a nota. O comunicado não cita nomes, cargos e funções, mas uma fonte afirmou se tratar de sete policiais militares.
"O acompanhamento do inquérito policial instaurado pela Polícia Civil para elucidar os fatos reforçou a avaliação dos membros do Ministério Público de que é preciso assegurar condições jurídicas e de fato para que os próximos atos investigatórios se deem em ambiente isento de quaisquer interferências que comprometam sua eficácia", diz ainda a nota do MPPE.
PRISÃO
A Polícia Civil realizou, na quinta-feira (14), uma grande operação que resultou na prisão de cinco policiais militares, segundo a Associação de Cabos e Soldados, em depoimento a TV Globo. Os detidos são suspeitos de participação na chacina em que oito pessoas de uma mesma família foram assassinadas em menos de 12 horas, em Camaragibe e Paudalho, em setembro deste ano. A gestante Ana Letícia, morreu no hospital um mês depois, sendo a nona vítima da chacina. A chacina aconteceu possivelmente em retaliação a morte de dois policiais militares numa operação ocorrida no dia 14 de setembro.
A Polícia Civil ainda não se pronunciou sobre os resultados da operação "Sobejo", de investigação sobre a chacina de Tabatinga. A assessoria de Imprensa da SDS-PE informou por e-mail a reportagem da Tribuna Online PE que "a Polícia Civil de Pernambuco informa que o caso segue em investigação. A PCPE se pronunciará em momento oportuno".
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