Hospitais públicos entram na campanha de prevenção e de combate ao câncer de pênis
Hospitais Eduardo Campos, Alfa e Miguel Arraes iniciam nesta segunda-feira (19) campanha nos serviços de urologia
Escute essa reportagem
Três unidades hospitalares ligadas à Fundação Gestão Hospitalar Martiniano Fernandes (FGH) estão envolvidas na Campanha de Prevenção e de Combate ao Câncer de Pênis lançada pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) durante este mês de fevereiro, com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância do cuidado.
Os hospitais Eduardo Campos da Pessoa Idosa (HECPI), no bairro da Estância, e Alfa, em Boa Viagem, ambos no Recife, e Miguel Arraes (HMA), em Paulista, dão início, nesta segunda-feira (19), a uma programação de sensibilização junto aos usuários atendidos pelos serviços de Urologia das unidades.
IMPORTÂNCIA DA HIGIENE
Durante a semana, urologistas estarão repassando informações sobre o câncer de pênis e como a higienização correta do órgão pode evitar a doença. “Esse é o único tipo de câncer que pode ser evitado com água e sabão na maioria dos casos. Prática que deve ser adotada tanto na hora do banho quanto após as relações sexuais ou masturbação. Quem não tem o hábito de se higienizar corre o risco maior de desenvolver câncer”, alerta Eugênio Lustosa, coordenador de Urologia do Hospital Miguel Arraes, que conta com o setor há um ano, e também do Alfa, onde foram realizados 62 procedimentos na especialidade desde que seu bloco cirúrgico foi inaugurado, em dezembro do ano passado.
A campanha da SBU deste ano foca em cirurgias de postectomia (retirada da pele que encobre a glande do pênis) em homens que têm fimose. É o tipo de intercorrência que dificulta a lavagem correta do pênis, retendo sujeira e fazendo com que o órgão fique mais vulnerável. Os sinais mais comuns do câncer de pênis são feridas que coçam e não cicatrizam, secreção com forte odor e mudança de cor na pele da glande.
Quando já está em fase avançada, podem aparecer nódulos na virilha. “Porém, quando o diagnóstico é feito no início, a doença possui alta chance de cura, com a remoção da pele ou da lesão, e evitando a retirada do pênis”, explica Claudino Júnior, urologista do HECPI, unidade que já realizou 104 postectomias desde janeiro de 2021. No Hospital Alfa, foram 26 procedimentos em dois meses.
O Brasil é um dos três países com maior incidência e mortalidade por esse tipo de câncer, ficando atrás apenas dos países da África Subsaariana. De acordo com o Ministério da Saúde e a SBU, 454 mortes por câncer de pênis foram computadas em 2023. No período foram realizadas 651 amputações – totais e parciais – de pênis.
Comentários