Homem que agrediu mulher em restaurante se pronuncia através de advogados
Defesa diz que acusado de transfobia "não tem histórico de agressões ou discriminação a qualquer pessoa LGBTQIAPN+"
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O homem acusado da agredir violentamente uma mulher, ao confundi-la com uma mulher trans, quando ela saía do banheiro feminino de um restaurante no último sábado, dia 23, se pronunciou através de advogados. O agressor deixou o restaurante após desferir um soco no rosto da funcionária pública. Ele teria chegado ao ponto de perguntar a vítima se ela era "homem ou mulher".
Em uma nota enviada a imprensa, os advogados Madson Aquino e Marília Franco, que fazem a defesa do agressor, identificado na nota apenas como "Antônio Felipe", informam que ele esta à disposição da polícia e que irá "colaborar espontaneamente com as investigações", diz a nota, reiterando que "em nenhum momento ele furtou-se ou fugiu".
No dia do ataque, Antônio Felipe deixou o local antes da chegada da polícia, com auxílio de funcionários do restaurante, o que levou a vítima a acusar a empresa de ajudar o agressor a livrar o flagrante. O dono do restaurante Guaiamum Gigante, onde ocorreu a agressão, concedeu entrevista à reportagem da TV Tribuna nesta quarta-feira (27) e negou ter protegido o agressor.
INTIMAÇÃO
A nota da defesa diz ainda que "O Sr. Antônio Felipe não responde a nenhum processo envolvendo violência sob o contexto doméstico e familiar, bem como não detém qualquer histórico de agressão ou discriminação com qualquer pessoa LGBTQIAPN+", diz a nota, que não faz qualquer referência a matéria veiculada pela imprensa sobre o relato de três ex-companheiras do suspeito que alegam terem sofrido violência física e psicológica quando conviviam com ele.
A defesa de Antônio Felipe diz ainda que ele já foi intimado pela polícia, recebendo a intimação no dia 26, mas que não chegou a prestar depoimento no dia marcado, 27. Em relação ao ocorrido no último sábado, a defesa em nota diz que "se resguardará a prestar esclarecimentos específicos , oportunamente após ter acesso aos autos da investigação".
LESÃO OU TRANSFOBIA
O caso está sob investigação da Delegacia de Casa Amarela, com acompanhamento do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e pela comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), que pediu que o suspeito seja enquadrado em crime de transfobia (equivale ao crime de racismo e injúria racial), que é inafiançável. O caso foi inicialmente registrado no plantão da Polícia Civil como lesão corporal, que tem pena menor e pode ter a prisão substituída por multa ou prestação de serviços comunitários.
A nota da defesa diz ainda que
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