Governo prepara proposta para acabar com greve nas universidades federais
Segundo o ministro da Educação, Camilo Santana, anúncio será feito na próxima semana
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Cumprindo agenda administrativa em Pernambuco, o ministro da Educação, Camilo Santana, disse nesta quinta-feira (9), que o governo federal está preparando uma nova proposta de negociação para apresentar aos professores na próxima semana. Segundo ele, o objetivo é acabar com a greve nas universidades e institutos federais do Brasil.
"Estive discutindo uma nova proposta para ser apresentada na próxima semana e que a gente espera que possa chegar num consenso com transparência, com diálogo, reconhecendo o valor dos servidores da educação federal nesse país”.
Segundo o ministro, a greve é um prejuízo para os alunos e para a academia. “A gente espera que a gente possa, após uma semana, chegar a um acordo e retornarmos aí as atividades nas unidades que foram suspensas", declarou o ministro, em entrevista ao Bom dia PE.
Camilo Santana falou sobre o assunto antes de lançar o programa Pé de Meia, que em Pernambuco vai beneficiar 177 mil estudantes.
Os professores da Universidade Federal de Pernambuco deflagraram, no dia 17 de abril, greve por tempo indeterminado, em uma assembleia histórica, realizada de forma híbrida (presencial e online), com a participação de 1,7 mil professores.
Segundo a Associação dos Docentes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), ao todo, foram 1.737 votos, com 899 a favor, 795 contra e 43 abstenções. De acordo com a Adufepe, o Centro de Educação é o único totalmente paralisado. Enquanto dois centros estão totalmente não paralisados: o Centro de Ciências Médicas e o Centro de Informática.
“Nós entendemos que o processo de perdas durante os governos Temer e Bolsonaro impactou muito as universidades. Porém, não podemos deixar que haja ainda mais prejuízos a docentes, técnicos e estudantes. Reajuste zero em 2024 é inaceitável. Temos disposição para dialogar. A fala do ministro Camilo Santana é importante no sentido de reconhecer a importância da valorização da educação pública superior de qualidade”, destacou a presidente da Adufepe, Teresa Lopes.
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