Empresário Rodrigo Carvalheira é condenado a 12 anos por estupro em 2019
Juíza apontou padrão de manipulação e dopagem de mulheres; pena foi imposta, mas ele responderá em liberdade provisória
O crime que resultou na condenação de Rodrigo Carvalheira ocorreu em março de 2019. Segundo o relato da vítima, ela foi estuprada pelo empresário durante o carnaval daquele ano. A mulher contou que havia voltado para casa após uma festa, quando ele teria aparecido de forma inesperada.
Na época, a vítima relatou que já havia ingerido bebida alcoólica o dia todo e estava vulnerável. Ela afirmou que Rodrigo teria virado um copo de bebida e oferecido um comprimido, sem informar do que se tratava. Em seguida, perdeu completamente os sentidos e só acordou no dia seguinte, após o que descreveu como um “apagão”.
Outras mulheres relataram o mesmo padrão de abuso
Durante o processo judicial, foram ouvidas testemunhas, incluindo outras três mulheres que também denunciaram Rodrigo Carvalheira por estupro. Todas relataram que o empresário agia de maneira semelhante, dopando-as antes de violentá-las.
A juíza responsável pelo caso considerou que, embora esses depoimentos não fossem provas diretas do crime, serviram como elementos de corroboração do modus operandi do réu.
Juíza apontou manipulação e tentativa de silenciar a vítima
Na sentença, a magistrada destacou que o padrão reiterado de conduta — o uso de comprimidos, a perda de consciência das vítimas e o ato sexual subsequente — dava credibilidade ao relato da vítima principal.
A juíza também afirmou que Rodrigo Carvalheira tentou obstruir a Justiça e silenciar a mulher, demonstrando o que chamou de “personalidade desvirtuada e voltada à manipulação”. Esses fatores, segundo ela, reforçaram a convicção sobre a culpa e o comportamento manipulador do empresário.
Relato coeso e laudos psicológicos sustentaram a condenação
A decisão levou em conta o depoimento minucioso da vítima e os laudos psicológicos apresentados durante o processo. Para a juíza, o relato era consistente e revelava as circunstâncias que a deixaram em vulnerabilidade no momento do crime.
A defesa, por sua vez, alegou que a relação teria sido consensual. A versão, no entanto, foi rejeitada pela magistrada, que concluiu que as provas não sustentavam o argumento. Durante o depoimento, Rodrigo negou os fatos, mas pediu desculpas pelos comportamentos que admitiu ter tido.
Pena de 12 anos é imposta, mas ele responderá em liberdade provisória
Na fixação da pena, a magistrada considerou a culpabilidade, a personalidade do réu e as circunstâncias do crime. Rodrigo Carvalheira foi condenado a 12 anos de prisão, mas continuará em liberdade provisória, mediante o cumprimento de medidas cautelares.
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