Central registra alta de transplantes em Pernambuco

Em 2024, a unidade quer resgatar a política de "córnea zero". Nos dias atuais, 1.286 esperam por uma córnea, em Pernambuco. |  Foto: Divulgação

Para quem mantém a esperança de se manter vivo a partir de um gesto de doação, a Central de Transplantes de Pernambuco tem uma novidade. Depois de superar obstáculos ampliados na pandemia, a unidade reduziu as negativas familiares e ampliou o número de cirurgias de transplantes no estado.

Ao encerrar o ano passado, a Central registrou um aumento de 11,3% no número de transplantes de órgãos e tecidos em comparação a 2022, totalizando 1.531 procedimentos.

Com 3.180 pessoas na lista de espera, a expectativa é alcançar resultados ainda mais favoráveis em 2024, consolidando práticas bem-sucedidas e implementando novas estratégias.

A taxa de negativa familiar para doação de órgãos em 2023 atingiu quase 60%. Com o objetivo de incentivar o “sim” em um momento tão delicado para as famílias, a Central de Transplantes investiu na capacitação de profissionais de saúde. Ofereceu cursos sobre diagnóstico de morte encefálica e comunicação de notícias críticas para um acolhimento mais eficaz dos parentes dos potenciais doadores.

Em 2024, além de seguir o fluxo das qualificações nessas habilitações, a Central de Transplantes vai resgatar a política de "córnea zero" para reduzir, a curto prazo, a lista de espera por este tecido e, posteriormente, recuperar o status que o Estado tinha no período pré-pandêmico.

Nos dias atuais, 1.286 esperam por uma córnea, em Pernambuco.

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O nosso desafio continua para reduzir mais a taxa de negativa familiar e as condições de manutenção desses potenciais doadores, evitando as contraindicações médicas numa escala maior. É muito importante, ainda, não só reduzir essas listas como recuperar o status do córnea zero. Estamos otimistas pelos avanços alcançados em 2023. Melissa Moura, Coordenadora da Central de Transplantes

O resultado de 2023 é uma retomada significativa após a queda nos transplantes registrada nos anos pandêmicos, observada por meio da avaliação do índice PMP (por milhão de população). Para entender a comparação, o PMP de Pernambuco em 2019, antes do início da pandemia de Covid-19, foi de 19,5pmp. Ano passado, a Central registrou no Estado 14pmp.

"As contraindicações são um alvo que vamos continuar trabalhando forte junto aos profissionais de saúde dos grandes hospitais notificadores do estado, dando suporte para a manutenção dos potenciais doadores, objetivando órgãos mais viáveis para o transplante. E, assim, vamos seguir em 2024 em busca do aumento do PMP do Estado, até atingir os níveis que apresentamos antes da pandemia da Covid-19", conclui Melissa Moura.

Para mais informações sobre doações, veja serviço abaixo

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