Casamentos em queda em Pernambuco, mas uniões LGBTQIA+ estão em alta
No Estado, maior número de uniões afetivas se deu entre pessoas do gênero feminino
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Pernambuco registrou 42.103 casamentos civis em 2022, uma queda de 4,5% em relação ao ano anterior, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (27) pelo IBGE. Apesar da retração geral, o número de casamentos entre pessoas do mesmo sexo apresentou um aumento de 12,8%, totalizando 405 uniões.
Casamentos civis em queda:
Em 2022, foram realizados 1.988 casamentos a menos do que em 2021. Essa queda acompanha a tendência nacional, que também registra uma diminuição na taxa de nupcialidade. Os motivos para essa retração são complexos e podem estar relacionados a fatores como a instabilidade econômica, mudanças nos costumes sociais e a pandemia de COVID-19.
Uniões LGBTQIA+ em alta:
O número de casamentos entre pessoas do mesmo sexo vem crescendo ano após ano em Pernambuco. Em 2022, houve um aumento de 12,8% em relação ao ano anterior, o que demonstra o avanço da igualdade e do reconhecimento da comunidade LGBTQIA+ no estado.
Análise por região:
A taxa de nupcialidade em Pernambuco, que é de 5,9 casamentos por 1.000 habitantes, acompanha a média nacional. No entanto, essa taxa varia consideravelmente entre as diferentes regiões do país.
As Regiões Nordeste e Sul registraram as menores taxas (5,1 e 5,3 casamentos por 1.000 habitantes, respectivamente), enquanto as Regiões Sudeste e Centro-Oeste apresentaram as maiores (6,5 e 6,7 casamentos por 1.000 habitantes, respectivamente).
1 - Casamentos entre cônjuges masculinos: 133 (33%)
2 - Casamentos entre cônjuges femininos: 272 (67%)
Maiores taxas de nupcialidade no Brasil: Rondônia (9,6 casamentos por 1.000 habitantes) e Distrito Federal (9,0 casamentos por 1.000 habitantes)
Divórcios aumentaram 7,3% em Pernambuco, mas abaixo da média do Nordeste (14%)
Em 2022, a pesquisa de Estatísticas do Registro Civil apurou 15 524 divórcios concedidos em 1ª instância ou realizados por escrituras extrajudiciais em Pernambuco, o que representa um aumento de 7,3% em relação ao total contabilizado em 2021 (14 459). No entanto, a média ainda está abaixo do Nordeste (14%) e do Brasil (8,6%).
Na avaliação dos divórcios judiciais concedidos em 1ª instância em Pernambuco, por tipo de arranjo familiar, observou-se que a maior proporção das dissoluções ocorreu entre as famílias constituídas somente com filhos menores de idade (43,6%), seguido pelos divórcios entre famílias sem filhos (31,3%).
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