Biólogos alertam sobre Maré Vermelha em praias de Pernambuco
Profissionais sugerem que moradores e turistas fiquem longe de àreas costeiras atingidas
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Biólogos especializados estão emitindo alertas e fornecendo orientações à população diante do fenômeno da Maré Vermelha, que afeta algumas praias do Litoral Sul de Pernambuco, incluindo locais como Tamandaré e Maracaípe. Este evento natural tem causado intoxicação em banhistas e surfistas, gerando preocupações na comunidade local.
Origens e impactos da maré vermelha
A Maré Vermelha é decorrente do acúmulo de microalgas, que, quando expostas a cargas excessivas de nutrientes, proliferam e formam populações abundantes. Durante seu metabolismo, essas microalgas liberam toxinas que permanecem na água e, em algumas circunstâncias, são dispersas na atmosfera, podendo ser inaladas por aqueles presentes nas áreas costeiras.
Amplitude do fenômeno
O mesmo fenômeno foi registrado no Litoral Norte de Alagoas, especificamente em Barra de Santo Antônio, elevando a preocupação sobre a extensão desse evento natural.
Esclarecimentos do biólogo Everthon Xavier
O biólogo Everthon Xavier (CRBio 92.909/05-D) esclareceu sobre a Maré Vermelha, enfatizando a importância de compreender seus efeitos e seguir as orientações apropriadas para preservar a saúde da população local. Este alerta destaca a necessidade de conscientização e ações preventivas diante desse fenômeno.
"Todas as células, quando fazem o metabolismo, liberam excrementos. Para as microalgas, quando recebem nutrientes a mais e geralmente estão em temperaturas altas e em baías confinadas, elas se multiplicam e formam uma população de bilhões de organismos", declarou o biólogo Everthon Xavier.
Durante a fotossíntese, elementos tóxicos são liberados, contaminando animais marinhos, moluscos e quem entra em contato com a água. "Às vezes é tão forte que se desprende da água e vem para o ar, que fica contaminado. Os sintomas, para quem foi intoxicado, duram uns dois dias," afirmou Xavier.
Sintomas e recomendações
Os sintomas mais comuns incluem dor de cabeça, náuseas, vômito, tosse, coriza e irritação na pele. Em caso de suspeita de intoxicação após frequentar essas praias, a orientação é procurar uma Unidade de Saúde para tratamento adequado. Entre 26 e 30 de janeiro, foram registrados 278 casos suspeitos, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde, somente em Tamandaré. Até então, não havia sido divulgado nenhum alerta para os banhistas evitarem o mar neste período.
Contribuição do Biólogo Múcio Banja
O biólogo Múcio Banja (CRBio 2.689/05-D) também compartilhou insights sobre o fenômeno e orientações para proteção. "Esse fenômeno é relativamente comum em várias partes do planeta. Essas microalgas, embora causem a Maré Vermelha, têm um papel importante no equilíbrio dos oceanos,” observou.
Ele aconselhou afastar-se da praia por alguns dias para permitir a diluição das substâncias tóxicas no oceano, carregadas pelo vento para longe da região costeira.
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