Ave Sangria pode ser declarada Patrimônio Cultural do Recife
Votação em 2º turno acontece nesta terça-feira na Câmara de Vereadores
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Vereadores do Recife votarão nesta terça-feira, em segundo turno, o Projeto de Lei nº 106/23, que declara a banda Ave Sangria Patrimônio Cultural Imaterial do Recife. A iniciativa da vereadora Cida Perosa (PCdoB) foi aprovada por unanimidade em 1º turno.
Após o rito, o projeto segue para sanção do Prefeito. A banda é uma das principais expoentes da cena musical psicodélica pernambucana da década de 1970, fazendo parte da memória afetiva de várias gerações.
“Eles foram pioneiros no que a gente discute hoje como multiculturalismo, como transversalidade de ritmos e diversificação”, comentou a vereadora Cida Pedrosa, autora da proposta.
A banda Ave Sangria estreou em 1974, quando lançou o primeiro álbum, que teve grande repercussão, mas também enfrentou a censura e a proibição da Ditadura Militar. Apesar disso, a banda continuou a se apresentar em Recife até o final de 1974, quando suspendeu suas atividades.
Após 40 anos do lançamento do álbum de estreia, a banda se reuniu em 2014 para shows comemorativos, o que gerou uma série de apresentações por todo o Brasil.
Em 2019, lançou o álbum "Vendavais", que contou com três integrantes da formação original e apresentou 11 músicas inéditas compostas ainda nos anos 70.
Patrimônio cultural imaterial é a riqueza cultural expressada por meio de práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas que as comunidades, grupos e indivíduos reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural.
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