X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Polícia

“Perder um filho é perder tudo na vida”, diz mãe de Milena Gottardi


Imagem ilustrativa da imagem “Perder um filho é perder tudo na vida”, diz mãe de Milena Gottardi
zilca gottardi, mãe da médica Milena Gottardi (destaque), ao lado do advogado Renan Salles: busca por justiça |  Foto: Douglas Schneider/at e acervo de família

Quase quatro ano depois, os seis acusados pelo assassinato da médica Milena Gottardi vão se sentar no banco dos réus. Os familiares da médica aguardam com expectativa o julgamento e a condenação dos envolvidos.

Para Zilca Gottardi, mãe de Milena, o período de espera foi doloroso e de, muitas vezes, desânimo. “Perder um filho, é perder tudo na vida. Não tem mais a razão de viver”, afirmou a mãe, em entrevista realizada na manhã desta sexta-feira (20).

O julgamento acontece a partir de segunda-feira e tem previsão de durar uma semana.

“Estamos com uma grande expectativa de que vai acontecer aquilo que queríamos. É muito difícil, mas a gente, pelo menos, sente que está chegando a justiça e é isso que queremos”, afirmou a mãe.

Os anos sem Milena foram de angústia e incertezas, afirmou o irmão da médica, Douglas Gottardi.
“Toda vez que pediam habeas corpus, dava medo de saírem de lá. A cada coisa que ia acontecendo, a gente ficava preocupado, voltava aquele sentimento, será que vai ter justiça? Vão pagar pelo que fizeram?”, afirmou.

Milena deixou duas filhas que, na época do crime, estavam com 9 anos e outra com 1 ano e dez meses. A Justiça aceitou o pedido que a médica deixou escrito, em uma carta encontrada pela família posteriormente ao crime, para que as filhas ficassem com o irmão.

Douglas contou que a filha mais velha sabe do que aconteceu e que há 15 dias teve crise de ansiedade na escola. Após conversar com a diretora e a psicóloga, disse que o medo é do pai sair da cadeia.

“A menor pergunta muito como a mãe morreu, porque o pai está preso. A gente tenta contornar para não falar a verdade, mas está chegando a hora de ela saber. Havendo a condenação, vou ter que levá-la num psicólogo para amenizar esse sofrimento”, explicou o irmão.

O advogado da família de Milena, Renan Sales, acredita que, com toda a prova produzida, não há dúvida que os seis réus vão ser condenados. “A constituição prevê uma pena respectiva para cada um, de acordo com a conduta. Pode ser que tenhamos penas diferentes”, afirmou.

Promotores pedem pena máxima para os seis réus

Promotores do Ministério Público do Espírito Santo (MP-ES) esperam que os acusados sejam condenados à pena máxima por planejar e executar o homicídio da médica Milena Gottardi, que foi morta a tiros na noite de 14 de setembro de 2017.

Os seis réus são acusados pelo crime de homicídio triplamente qualificado, pela torpeza, por recurso que dificultou a defesa da vítima e por feminicídio. Além disso, eles são acusados por fraude processual.

As penas podem chegar a 30 anos de detenção para cada acusado. O processo conta com cerca de 15 mil páginas e a acusação acredita que existem provas cabais e inequívocas para a condenação dos acusados.

“O Ministério Público busca condenar os seis réus com base nas provas. Nada diferente disso poderá ser estabelecido como justiça. Sustentamos a condenação e a pena é de responsabilidade da Justiça”, explicou o promotor Rodrigo Monteiro da Silva.

Ele ainda disse que o crime tem pena que varia entre 12 e 30 anos, mas espera que os acusados recebam penas próximo dos 30 anos.

O júri popular deve durar cerca de uma semana, tendo em vista que são esperados depoimentos de 29 testemunhas e dos réus.

O promotor Leonardo Augusto Cezar dos Santos revelou que as provas, descrições de áudio das ligações e trocas de mensagens entre os réus comprovam a crueldade presente no crime.

“O que nos causa perplexidade neste processo é a maldade premeditada pelos acusados. No plenário vamos comprovar que neste caso o mal passa de um substantivo abstrato para algo concreto”, ressaltou o promotor.

Monteiro ainda comenta que, desde o planejamento do crime ao ingresso de novos documentos ao processo, os acusados tentaram enganar o judiciário.

“Desde que eles começaram a tramar o crime, a ideia era forjar um latrocínio. A artimanha dos réus era realizar um homicídio travestido de latrocínio, como forma de enganar. Nos causa perplexidade como alguém consegue premeditar um mal deste tamanho contra uma pessoa como ela”, comentou o promotor.

Defesa pede testemunho por vídeo

A defesa do acusado Hilário Frasson, ex-marido de Milena Gottardi, pediu que uma das 29 testemunhas preste depoimento por vídeo conferência.

O advogado Leonardo Gagno explica a testemunha tem idade avançada, conta com comorbidades e, por conta da covid, fizeram o pedido para que ele prestasse depoimento por meio da tecnologia de vídeoconferência.


O CASO


Morta a tiros ao sair do plantão no hospital

Crime

  • A médica Milena Tonini Gottardi foi morta a tiros na noite de 14 de setembro de 2017. Ela deixava o Hospital das Clínicas, em Vitória, após um dia de plantão e seguia para o carro acompanhada de uma amiga, quando foi assassinada no estacionamento. Ela foi atingida com dois tiros na cabeça e um na perna.

Investigações

  • As investigações mostraram que seis pessoas teriam envolvimento no crime. O ex-policial civil Hilário Frasson, ex-marido de Milena Gottardi, é apontado como um dos mandantes do crime.
  • O outro mandante seria Esperidião Carlos Frasson, pai de Hilário.
  • Para executar o crime, Hilário teria entrado em contato com Valcir da Silva.
  • As investigações apontam Valcir como um dos intermediários responsáveis pela contratação de Dionathas Alves Vieira, o executor. Ele estava dentro do Gol cinza, no local do crime, com Hermenegildo Palauro Filho, o Judinho.
  • Segundo a polícia, Judinho também estaria dentro de um Gol cinza no local do crime e teria escondido a moto usada pelo executor.
  • Dionathas, segundo a polícia, atirou em Milena. Em depoimento, ele disse que receberia R$ 2 mil pelo “serviço”. A testemunha que estava com Milena no momento reconheceu Dionathas como o atirador.
  • O último réu no caso é Bruno Broetto. Segundo a polícia, ele “conseguiu” a moto para ser usada por Dionathas Alves no dia do crime. Bruno sabia que a moto seria usada em um homicídio, diz o inquérito.

Fonte: Polícia Civil.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: