Para 60% dos brasileiros, STF decide politicamente
Levantamento nacional realizado pelo instituto Paraná Pesquisa apurou que a credibilidade do Supremo Tribunal Federal (STF) está perto do fundo do poço: quase 60% dos brasileiros (59,9%) consideram que os ministros da Corte decidem politicamente, ignorando aspectos técnicos dos processos que julgam. O Paraná Pesquisa consultou 2.395 eleitores em 170 municípios dos 26 estados e do DF, entre 11 e 15 deste mês.
Baixa credibilidade
Apenas 31% dos entrevistados atribuem credibilidade técnica ou jurídica às decisões do STF, enquanto 9,1% não sabem ou não quiseram opinar.
Coincidência fatal
Campo da pesquisa se deu durante os dias em que repercutiu o ataque do ministro Gilmar Mendes ao Exército, associando-o a “genocídio”.
Polêmica não ajudou
Especialistas em pesquisas acham que a reputação do STF está ruim mesmo, mas “a última do Gilmar” contribuiu para piorar essa situação.
Hora de calar
A coluna solicitou um comentário do ministro Dias Toffoli sobre números tão desfavoráveis da pesquisa, mas o presidente do STF não respondeu.
Diretor da Embrapa desmente pânico sobre Amazônia
O chefe da Embrapa Territorial, Evaristo de Miranda, desfez a fantasia de que a Amazônia “vive o pior momento da História”. Miranda criticou a ameaça de boicote ao agronegócio brasileiro em razão de suposto desmatamento na região.
Como um dos maiores especialistas brasileiros no assunto, o pesquisador diz que as principais commodities agrícolas são produzidas fora da Amazônia e chama os ataques de “abusivos”.
Números de fato
A série histórica do levantamento do Inpe sobre o desmatamento mostra que o recorde foi em 2004 (27 mil km2). Em 2019, foram 10 mil km2.
Pequenos produtores
Miranda explica que a agricultura na Amazônia é feita por pequenos e médios produtores, responsáveis pelo abastecimento com itens básicos.
De quem é a culpa?
Segundo o chefe da Embrapa Territorial, o Brasil falha apenas na tarefa de mostrar para o mundo as coisas como elas realmente são.
A vida importa
Dória é contra festas no fim do ano: “nada a comemorar”, diz, diante das 18.640 mortes em São Paulo. Esquece os que sobreviveram à doença e os brasileirinhos nascidos na pandemia.
Em Brasília, no Hran, hospital de referência, 61 mães infectadas têm a festejar bebês nascidos saudáveis.
Adiós, hermanos
Apesar de a política econômica do atual governo ser duramente criticada, o consultor Welber Barral confirmou que muitas multinacionais decidiram trocar a Argentina peronista pelo Brasil bolsonarista.
Nome deletado
Falando à rádio BandNews, o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), esqueceu o nome do presidente da Fecomércio-DF, Francisco Maia, que não honrou promessa de doar à cidade um hospital de campanha de 200 leitos: “Faço questão de esquecer nome de quem não cumpre a palavra”.
Nosso bolso atacado
O mês chegou à metade esta semana, mas os deputados federais já torraram quase R$500 mil de quem paga impostos para “ressarcimento de despesas”... na quarentena. Vale tudo, de tapioca a “consultorias”.
Invenção portuguesa
A imprensa portuguesa, que só falta acusar o Brasil de inventar a corrupção, chama candidamente de “saco azul” as “doações não contabilizadas” que financiaram ilegalmente campanhas eleitorais locais.
Cruel malandragem
Responsável pelo rompimento da barragem de Mariana (MG) que matou dezenas e liquidou o rio Doce, de 800 km de extensão, decidiu cancelar o auxílio que pagava, através de uma fundação, a cerca de 20 mil atingidos pela tragédia. A AGU foi à Justiça e impediu a malandragem.
Avianca não é Avianca
Ao site Diário do Poder, a OceanAir (ex-Avianca Brasil) informou que é uma empresa “totalmente independente da Avianca Holdings”, da Colômbia e El Salvador. Da antiga companhia aérea, só sobrou o nome.
Bolsonaristas influentes
Segundo ranking da empresa de comunicação FSB, os dez deputados federais mais influentes nas redes sociais são da base do governo Jair Bolsonaro. Entre os top 20, só quatro são de partidos de oposição.
Pensando bem...
...já passou da hora de ministros do Supremo fazerem como Bolsonaro: fechar a boca em nome da harmonia entre os Poderes.
Poder sem pudor
Banqueiro metido
Bem vestido, falante e de conversa fácil, Zé do Pé era figura requisitada na boemia paulistana. Certa vez, ele estava com amigos no fino restaurante Paddock, quando seguiu o banqueiro Walther Moreira Salles até o toalete: “O senhor não me conhece, mas preciso de um favor, coisa pequena.”
Homem educado, o ex-embaixador aquiesceu: “Às ordens!” Zé do Pé explicou: “Estou numa mesa fazendo uns negócios que não posso perder. Preciso que o senhor me cumprimente, ao passar pela mesa. É muito importante.” Moreira Salles achou aquilo divertido e cumpriu o trato, minutos depois, passando pela mesa: “Boa tarde, Zé”. O malandro respondeu desdém: “Não enche, Walther!”. E virou as costas.