Bia Ferreira leva prata, mas faz história com 1ª final no boxe feminino em Olimpíadas
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Bia Ferreira, 28, ficou com a medalha de prata dos Jogos de Tóquio-2020. A baiana foi derrotada pela irlandesa Kellie Anne Harrington neste domingo (8).
Os Jogos são a única competição em que a atleta ainda não foi campeã no boxe amador. Ela foi ouro no Sul-Americano de 2018, no Pan-Americano de 2019 e vencedora do Mundial de 2019.
Mesmo tendo ficado em segundo lugar, Bia Ferreira deixou seu nome marcado na história: foi a primeira vez que o Brasil chegou a uma final olímpica feminina na modalidade.
Desde que pisou no Japão, a atleta sempre disse que queria a medalha para homenagear o pai, seu treinador, Raimundo Oliveira Ferreira, conhecido como Sergipe.
"Desculpa pai, desculpa Brasil", afirmou ainda em cima do ringue da arena Kokugikan, olhando para uma câmera de TV.
Natural da Bahia, Bia Ferreira entrou no ringue ao som de "Favela Chegou", cantada por Ludmilla e Anitta, e fez sua dancinha habitual antes da luta começar. Seu cartel até a estreia no Japão era de 108 lutas, com 104 vitórias e 4 derrotas.
Os Jogos de Tóquio são históricos para o Brasil. Foram três medalhas: uma de ouro, uma de prata e uma de bronze, melhor campanha na competição. No masculino, Hebert Conceição foi ouro e Abner Teixeira, bronze.
Assim como Conceição, Bia é parte da "seleção baiana" da modalidade. O estado deu ao país mais da metade dos convocados do esporte para os últimos quatro Jogos Olímpicos.
Bia Ferreira brigava para ser o terceiro ouro do boxe que vem da Bahia na história das Olimpíadas. Além de Hebert, Robson Conceição foi campeão olímpico em 2016, no Rio de Janeiro.
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