Novos negócios: mais 2 mil novas lojas até o fim do ano no Estado
A recuperação do comércio vai além da criação de vagas de emprego em lojas. Até o final do ano, cerca de 2 mil novos negócios devem ser abertos e fortalecer ainda mais a retomada da economia. As projeções foram passadas por José Lino Sepulcri, presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado (Fecomércio).
Ele afirmou que a estabilidade política e a economia caminhando, mesmo a passos lentos, traz uma perspectiva de otimismo para empresários, que estão abrindo novas lojas. José Lino estimou que, durante a pandemia, cerca de cinco mil micro e pequenos empresários não resistiram aos impactos da pandemia do novo coronavírus e tenham fechado seus negócios.
Até o fim do ano, no entanto, ele acrescentou que a previsão é que cerca de 2 mil lojas sejam reabertas, principalmente nos bairros.
A presidente da Uniglória, Amel Aboul, confirmou que, entre março e julho, o movimento caiu muito e várias lojas foram fechadas no polo. “Desde julho, as lojas voltaram a ter seus pontos reabertos. Temos muitas lojas novas por aqui. Inclusive, temos poucas lojas fechadas nesse momento”.
José Carlos Bergamin, diretor da Fecomércio, destacou alguns segmentos que estão em alta no comércio: vestuário feminino, vestuário de crianças, acessórios de celulares, lojas de cosméticos e produtos de beleza, cuidados pessoais, produtos para animais, utilidades para casa, reformas, além de produtos de informática.
Estas devem ser as áreas que mais vão se destacar na abertura de lojas, pontuou Bergamin.
“São segmentos em alta, principalmente nos bairros. O número de pequenos negócios que é característico num momento de crise cresceu muito. Estamos com mais lojas abrindo do que fechando, no momento. Esse é o movimento que está acontecendo”.
De acordo com o diretor, um fator que foi essencial para o cenário positivo do setor foi a medida do governo de suspensão de contrato de trabalho e redução de carga horária e salário proporcional. Segundo ele, o projeto fez com que muitos empresários que poderiam fechar suas portas, desistissem.
“No começo a gente não imaginava que a coisa seria tão difícil e, depois que entramos, achamos que seria difícil de sair. Mas acabou que saímos mais fácil do que esperávamos. A questão das medidas econômicas tomadas ajudou muito”.
Empreendedores se reinventam
Foram as dificuldades enfrentadas na pandemia que levaram os empresários Fernando Henrique e Felipe Suaid a abrir um novo negócio: uma butique de carnes em Jardim Camburi, Vitória, especializada em cortes especiais.
Segundo Fernando, que também é produtor de eventos e estava abrindo um restaurante quando as restrições do novo coronavírus entraram em vigor, foi preciso se reinventar e pensar em um novo modelo de negócio.
“Fiz uma análise do que as pessoas precisavam no momento e percebi que muita gente estava fazendo pequenos encontros em casa, com churrascos ou carnes na air fryer. E assim nasceu a ideia. Hoje temos soluções para esses preparos, como parrilhas e até carvão sem cheiro e sem fumaça.”
Ele contou ainda que montou um churrasquinho gourmet à noite junto à loja.
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