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Tribuna Livre

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Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

Novos modos de vida e a “economia de baixo contato”

| 01/08/2020, 09:29 09:29 h | Atualizado em 01/08/2020, 09:38

Enquanto algumas tendências sinalizam movimentos socioculturais ou respostas para os desafios globais persistentes, outras emergiram do contexto específico da pandemia da Covid-19. A tendência da economia de baixo contato (low touch economy) está conectada ao 2º fator.

A pandemia desencadeada pelo novo coronavírus está promovendo restrições mais rígidas de higiene e protocolos de redução de interação social, interação esta que é uma condição fundamental para o modus vivendi que conhecemos e para o funcionamento de nossa sociedade.

As alterações forçadas, que estão criando novos hábitos nas pessoas, provocam transformações descomunais nas atividades de compra, nas experiências de consumo, nas relações pessoais e laborais.

Em decorrência, negócios diretamente impactados pela impossibilidade de aglomeração ou contato físico, como transporte urbano, lojas, hotéis, estádios e casas de espetáculos, após ultrapassarem o espanto inicial tiveram que disparar processos de reinvenção, em primeiro lugar para serem resilientes durante a quarentena, mas que projetem efeitos para o pós-crise de saúde.

Condições do contexto contemporâneo, como os problemas de mobilidade urbana e a oferta de soluções do arcabouço da tecnologia exponencial, já impulsionavam transformações que vinham acontecendo de forma gradual, mas em 2020 elas foram aceleradas abruptamente como o e-commerce, os serviços de delivery e a telemedicina.

Os fatos e desdobramentos associados à pandemia apontam para maiores investimentos em automação, para o emprego cada vez mais intenso de tecnologias digitais como os grandes bancos de dados, inteligência artificial, computação em nuvem, realidade aumentada, impressora 3D.

Na área pública é de se prever, por exemplo, a aceleração da digitalização dos serviços públicos, a consolidação das sessões legislativas e também das audiências do poder Judiciário a distância.

Por outro lado, as restrições a viagens internacionais e a insegurança da permanência em terra estrangeira devem levar ao resgate do turismo regional e à valorização de indústrias criativas locais.

Para a economia de baixo contato há, no entanto, desafios críticos a serem superados para que as novas soluções sejam seguras e efetivas, enquanto criativas e ágeis. Estes desafios estão localizados na acessibilidade, privacidade, ciber-resiliência (nível de segurança contra vandalismo e crimes digitais) e regulamentação.

Redesenhar negócios implica em encontrar novos pontos de equilíbrio, por exemplo, quando se limita o número de clientes em um restaurante. Como a conta fecha, como continuar sustentável?

Nesta tendência da economia do baixo contato, os processos de concepção e oferta dos novos produtos e serviços precisam contemplar a integração da força de trabalho existente e se esforçar para não excluir o atendimento aos grupos sociais vulneráveis.

RIBERTO DE BARROS ARAÚJO é consultor estratégico

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