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Cidades

Novas estratégias para emagrecer e ter saúde


O verão começou e muitos estão correndo para perder os quilos que ganharam durante o isolamento social. Para ajudar quem quer emagrecer sem perder a saúde, especialistas apresentam novidades no assunto.

As estratégias vão desde dietas restritivas estudadas pela ciência, passando por treinos especializados para o emagrecimento, até tratamentos estéticos com injeções de ozônio para perda dos últimos quilinhos.

Imagem ilustrativa da imagem Novas estratégias para emagrecer e ter saúde
Depois de duas gestações, a funcionária pública Fabíola Barbosa dos Santos, 34, decidiu mudar de atitude. Com a nova rotina, conseguiu perder 12 quilos em menos de um ano. Porém, com o isolamento social e a ansiedade, engordou novamente. Em abril, montou novas estratégias junto com especialistas. Mudou a alimentação, passou a fazer corrida, pedalar e crossfit. “De lá para cá, já emagreci quase 20 quilos. Faço musculação e crossfit. Está sendo ótimo”, salienta.  |  Foto: Kadidja Fernandes/AT e acervo pessoal

Mudanças na alimentação estão entre as principais táticas para o plano de emagrecimento, de acordo com especialistas.

A endocrinologista Gisele Lorenzoni destaca que o jejum intermitente é uma das estratégias que pode ser indicada depois de uma avaliação com o paciente.

“Gosto muito e vejo resultados nos pacientes. Pode ser feito em alguns dias da semana intercalados com dieta normal. É para quem pode, porque não é indicado a todos. Ajuda muito na perda de peso, mas é preciso ter avaliação primeiro”.

Outra nova estratégia são os chamados grupos de desafios de emagrecimento.
Geralmente, com um número restrito de pessoas, o grupo é acompanhado por nutricionistas e profissionais de educação física em desafios diários de alimentação e exercícios.

“Pode ser uma forma de manter a motivação, pois nem sempre é fácil seguir um plano alimentar inicialmente. Encontrar formas é uma boa estratégia de permanência na nova rotina alimentar. Mas é preciso orientação profissional”, destacou a nutricionista Bárbara Ahnert.

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Letícia Marin Carvalho, 42 anos |  Foto: Acervo Pessoal

A tecnóloga em Marketing Letícia Marin Carvalho, 42 anos, contou que o seu corpo mudou depois do casamento. Ela disse que, por causa da mudança de rotina, ficou sedentária e engordou 20 quilos.

Há dois meses, ela decidiu que iria emagrecer. Aproveitando que mora perto da orla, começou a andar de bicicleta e fazer caminhadas na praia.

“Minha estratégia foi voltar a fazer exercícios. Mudei minha alimentação e comecei a ficar mais atenta aos sinais que o corpo dava. A maior dificuldade depois dos 40 é o metabolismo demorado”.

Professor do curso de Nutrição do Unesc, Felipe Strela salienta que, independente da estratégia adotada, é preciso se preocupar com o consumo de nutrientes.

“Se fazemos restrições demais, limitamos os alimentos consumidos, logo a variedade fica comprometida. Se for feito por um tempo prolongado, vai causar uma falta desses nutrientes, e o corpo deixa de funcionar de forma correta”.

O educador físico da Razões do Corpo Xande Mendes frisa que a perda de peso acontece por um conjunto de fatores.

Técnicas aceleram o metabolismo depois dos 40

Com a idade, o metabolismo começa a diminuir e técnicas diferentes podem ser necessárias depois dos 40 anos, como intensificação de exercícios de musculação, suplementação de nutrientes e troca de dietas.

A coordenadora técnica da Bodytech, Lorena Bello, diz que perder peso após essa faixa de idade pode parecer uma batalha difícil.

“A composição corporal, o metabolismo e os hormônios mudam com a idade. Portanto, os métodos de perda de peso que a pessoa usou no passado podem não ser tão eficazes ou rápidos quando ela é um pouco mais velha”, explica.

A perda de massa muscular com o avanço da idade é uma das razões pelas quais é difícil perder peso após os 40, segundo Lorena.

Malhação em jejum

Imagem ilustrativa da imagem Novas estratégias para emagrecer e ter saúde
Penha Arraz, de 47 anos |  Foto: Fábio Nunes/AT

Depois de sofrer com dietas, hoje a empresária Penha Arraz, de 47 anos, busca se manter saudável e no peso com estratégias bem orientadas.

Uma dessas técnicas é malhar em jejum. Em alguns dias, a primeira refeição é o almoço.

“Tenho acompanhamento com nutrólogo, que faz reposição de nutrientes que o corpo precisa e, assim, como muito menos. Depois dos 40, a dificuldade é manter o peso. Por isso, invisto nos exercícios. Mas a questão não é ser gorda ou magra: é se sentir feliz com o corpo que você tem”.

O nutrólogo Roger Bongestab lembra que, além disso, essa é a fase de queda em níveis hormonais, com aproximação da menopausa ou andropausa, levando à redução da metabolização da gordura.

Já a nutricionista Laís Coutinho, da Prime Med, acrescenta que noites mal dormidas e estresse dificultam o ganho de massa muscular. “Atividade física, suplementação e alimentação devem estar alinhadas com todo esse processo”.

A endocrinologista Gisele Lorenzoni orienta os pacientes a sempre mudarem a estratégia.

“Qualquer dieta com déficit calórico vai funcionar, mas o segredo é mexer na estratégia alimentar. Muitas vezes, o paciente está em uma dieta que está dando resultado, mas o peso estabiliza, entra no que chamamos de platô. Nesse momento, tem de mudar a dieta”.

Segundo a nutricionista Fernanda Pignaton, o efeito platô pode ser causado por estratégia errada ou porque o paciente está comendo menos do que deveria.

“Quando há restrição alimentar por muito tempo, o corpo para de responder a esse estímulo. Às vezes, é preciso colocar o carboidrato de volta na dieta e aumentar a quantidade de comida para quebrar esse efeito e acelerar novamente o metabolismo”.

Professor do curso de Nutrição do Unesc, Felipe Strela diz que o corpo humano foi feito para garantir reserva energética, daí a necessidade de troca de estratégias.

“O corpo tem uma regulação no nível de apetite. As pessoas tendem a ter mais fome quando emagrecem mais”, destaca.

“Quando se trata de exercícios, mesclar o treinamento aeróbico e a musculação tem se mostrado o melhor para o emagrecimento”, destaca Xande Mendes.

Mais produtos para queima de gordura e emagrecimento

Novas substâncias também podem ajudar na queima de gorduras e no emagrecimento, segundo especialistas.

Um novo produto, por exemplo, que promete queimar gordura é o Mitburn. A farmacêutica Raigna Vasconcelos explica que se trata de um fitoterápico de oliveiras orgânicas da França.

“O funcionamento do produto é simples. Ele estimula o metabolismo, formando energia para queimar gordura. Transforma tecido adiposo marrom em branco”, disse.

A farmacêutica Luiza Scardua, da Globo Fórmula, destaca a novidade do C3G. “É o princípio ativo do Morosil, porém, oito vezes mais concentrado. O C3G é uma antocianina que ajuda na redução da gordura corporal, do colesterol, e pode ser usado como coadjuvante no tratamento dessa doença”.

A farmacêutica Juliana Mattos, da Pharmapele Vila Velha, destaca o Phytgen como o que há de mais novo.

“Tem o benefício de emagrecer por bloquear a ação dos carboidratos e promover a saciedade. Estudos comprovam que ele ajuda a reduzir a inflamação no fígado, além de regular as taxas de glicose e colesterol”, pontuou.

Segundo a farmacêutica Olga Martins, da Mônica Manipulação, são várias as fórmulas naturais que ajudam a recuperar a boa forma. Uma delas é a cápsula Thermoslim, disse.

“Ela promove uma sensação de saciedade. Acelera o metabolismo, reduz gordura abdominal e diminui a absorção de carboidratos”.

Ansiedade e estresse atrapalham perda de peso

É necessário ter paciência para conseguir bons resultados por meio das estratégias de emagrecimento. É o que afirmam os especialistas. Eles explicam que a ansiedade e o estresse podem ser os vilões e atrapalhar os planos de perda de peso.

A biomédica esteta Jéssica Marques explica que a ansiedade libera o cortisol no corpo, hormônio do estresse.

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Jéssica Marques, biomédica: estresse dificulta a queima de gordura |  Foto: Divulgação

“Gordura no corpo é sinal de reserva. O cortisol é um hormônio de alerta. Se a pessoa estressada está sempre em 'alerta', porque há uma constante liberação de cortisol, o corpo entende que não pode perder energia, que é a gordura”.

Ela frisa ainda que o psicológico está intimamente associado com o corpo, com a liberação e alteração de hormônios. “O estresse aumenta o cortisol. Cortisol alto impede queima de gordura”.

A coach de saúde e bem-estar Sonale Gonçalves ressalta que é preciso controlar a ansiedade por resultados, para não cair em armadilhas. “O mais importante é entender que o emagrecimento é um processo, e não um milagre.

Para o sucesso, tem de entender que tudo leva tempo. Não precisamos ser escravas de um padrão. A gente precisa cuidar do nosso corpo por saúde, para se sentir bem”.

A nutricionista Gabriela Rebello, colunista de A Tribuna, explica que o emagrecimento saudável não pode ser imediato.

“Levamos uma vida inteira para chegar ao peso que temos hoje e queremos resolver o problema com uma semana, um mês, no máximo, para entrar no biquíni para o verão. Precisamos mudar de comportamento. Se não for dessa forma, vai perder peso, mas não consegue manter o resultado”.

Emagrecimento pode ser uma meta, mas manter a saúde tem de ser o objetivo principal, enfatiza a nutricionista Bárbara Ahnert.

“O nosso corpo é uma máquina que necessita de constantes revisões. Para isso, tenha tempo para você”, orienta.

Já a endocrinologista Gisele Lorenzoni lembra que, como essa tem de ser uma mudança permanente, é necessário fazer escolhas de forma mais leve, e por aquilo que dá prazer.

Para a nutricionista Fernanda Pignaton, é possível definir estratégias prazerosas para emagrecer.

“Acredito em dietas gostosas e confortáveis. São verdadeiras, fáceis de manter e duradouras. Em uma dieta bem feita e gostosa, que tem tudo o que o paciente gosta, não tem porque ele furar! Cabe a nós, nutricionistas, proporcionar soluções inteligentes, para que ele coma bem e seja feliz na dieta”.

Tratamento estético deve ser complementar

Com a chegada do verão, a procura por tratamentos estéticos aumenta. Criolipólise, ultrassons e injeções são algumas das estratégias para as gorduras localizadas. Mas, os médicos alertam que o tratamento estético tem de ser complementar ao protocolo de alimentação e exercícios orientados.

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Irene Baldi indica avaliação prévia |  Foto: Divulgação

A dermatologista Irene Baldi diz que existem vários tratamentos capazes de eliminar gordura.

“Mas, é preciso ressaltar que nenhuma dessas opções trata sobrepeso e obesidade. São tratamentos para gordura localizada. Antes de qualquer procedimento, o paciente necessita de uma avaliação prévia para medir o percentual de gordura”.

O nutrólogo Fernando Cerqueira destaca que é imprescindível a orientação de um especialista que irá definir a melhor estratégia para ajudar cada paciente de maneira individualizada.

O nutrólogo Roger Bongestab explica que é necessário acompanhamento e uma integração multiprofissional, com médicos, nutricionistas, educadores físicos e psicólogos.

“Caso contrário, trataremos apenas do manifesto fenotípico, isto é, do aspecto externo do ganho de peso, mas não trataremos a raiz do problema. Obesidade é igual a um iceberg, em que se vê apenas uma pequena porção das alterações que se escondem submersas à gordura, muito mais sérias, graves e silenciosas”.

Balança pode enganar

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Gabriela Rebello, Nutridicas |  Foto: Divulgação

Emagrecer com saúde não é só diminuir números na balança. Esse é o alerta da nutricionista e colunista de A Tribuna, Gabriela Rebello: a balança pode enganar.

“Temos de buscar uma composição corporal mais saudável. Não adianta ser falso magro, que tem as mesmas questões de inflamações no organismo, alterações de colesterol e triglicérides, aumento de gordura na região abdominal. Temos de ser magros com saúde”.

Ela destaca que não se pode focar apenas na contagem de calorias. “Mas, principalmente, na qualidade daquilo que a gente come. Além de se preocupar com a estética e um número na balança, é preciso se preocupar com a taxa sanguínea e pensar também a longo prazo. Vamos envelhecer e uma hora essa conta vai chegar”.

Gabriela frisa que as mulheres, principalmente, são criadas com a ideia de que, para ter saúde, é preciso ter um número adequado na balança, o que não é verdade.

“É preciso olhar outros fatores, como por exemplo, a autoestima, a libido, o sistema imune, disposição de energia, queda de cabelo e outros. São vários parâmetros que a gente tem de utilizar para dizer se uma pessoa está saudável ou não. Então, por que colocar como meta somente o número na balança?”, questiona.

O nutrólogo Roger Bongestab acrescenta que perder peso nem sempre é emagrecedor.

“Emagrecer é perder gordura, mas tem muitos que também perdem massa muscular. Por isso, todo processo de emagrecimento deve ser acompanhado com avaliações de composição corporal”.

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