Nova versão de “Pinóquio” estreia esta semana nos cinemas
Um carpinteiro solitário que sonha em ser pai faz, com perfeição, um boneco de madeira. E então a mágica acontece: ele ganha vida e sonha em ser um menino de verdade.
A história escrita há 130 anos por Carlo Collodi era um pouco sombria, mas ganhou tons mais leves, virou conto infantil e até ganhou uma versão da Disney para as telas. E está de volta aos cinemas, quinta-feira, em “Pinóquio”.
Agora, na versão do cineasta italiano Matteo Garrone, a história ganha um tom mais real, mas continua encantadora. Nela, Gepeto (vivido pelo vencedor de quatro Oscars em 1999 por “A Vida é Bela”, Roberto Begnini) tem o sonho de ser pai realizado pela Fada Azul, que dá vida ao boneco de madeira que entalhou com carinho.
Mas Pinóquio é um menino levado. E muito dado a mentiras. Cada vez que mente, seu nariz cresce. E, observado pela Fada, cada vez ele fica mais distante de seu sonho: ser um garoto de verdade.
A produção italiana passou em 2020 pelo 70º Festival de Berlim, em fevereiro, e arrancou lágrimas do público.
“É um filme para o povão, um filme popular para crianças dos 8 aos 80, apoiado numa das fábulas mais famosas do mundo”, disse Roberto Begnini na época.
A trama
Desobediente ao pai, Pinóquio é manipulado por estranhos que o conduzem a uma série de confusões. Posto à prova uma e outra vez nas suas aventuras, ele terá de encontrar o caminho para concretizar o seu maior desejo: ser um menino de verdade.
Os personagens
Gepeto
Vivido por Roberto Benigni, é o criador e pai de Pinóquio, um carpinteiro solitário que cria lindas peças de madeira. Seu maior sonho é ser pai e, um dia, ele resolve fazer um boneco de madeira para lhe fazer companhia.
Fada Azul
O ser mágico é quem concede vida a Pinóquio e o ajuda nos momentos de necessidade. É ela também que tomará a grande decisão da história: se o boneco de madeira pode se tornar um menino de verdade.
Os vilões
Raposa (na foto) e Gato, seu fiel comparsa, são ladrões ardilosos. São eles que levam o pequeno Pinóquio para o Campo dos Milagres, para roubar as moedas de ouro do boneco. Massimo Ceccherini, também roteirista do filme, vive a Raposa na produção italiana.
Curiosidades
Lia para os pais
- No ano passado, no 70º Festival de Berlim, Roberto Benigni disse que sua relação com “Pinóquio”, o livro de Carlo Collodi, vem da infância. “Eu li sozinho quando era menino porque meus pais não sabiam ler, então eu lia para eles”, contou o ator.
Quase faliu
- “Eu ainda posso posar com a honra de ser o único ator do mundo que interpretou Pinóquio e Gepeto na mesma vida, ainda que com resultado diferente”, brincou Benigni, 67 anos, referindo-se ao desastre de bilheteria baseado na história do boneco de nariz grande que dirigiu e estrelou em 2002, que quase o levou à falência.
Enfim, o sucesso
- Dessa vez, o projeto no qual Begnini se envolveu foi um sucesso. Na Itália, “Pinóquio”, de Matteo Garrone, arrecadou quase 15 milhões de euros (cerca de R$ 95,5 milhões).
Menino de verdade
- O diretor Matteo Garrone optou por usar um menino (o ator Federico Ielapi, de 9 anos, na foto) para interpretar Pinóquio, com ajuda de maquiagem prostética. “Eram quatro horas de maquiagem todos os dias. Era divertido”, disse Ielapi no Festival de Berlim.
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