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Tribuna Livre

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Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

Nova agenda de desenvolvimento para o pós-pandemia

| 11/09/2020, 11:35 11:35 h | Atualizado em 11/09/2020, 11:40

Entre o mar e as montanhas, o Espírito Santo possui inúmeras potencialidades que podem ser trabalhadas em prol de seu desenvolvimento e contribuir para o Estado despontar nos cenários nacional e internacional.

Porém, assim como ocorreu após a política de erradicação dos cafezais, em que o Espírito Santo teve que se reinventar, é necessário criar uma nova agenda de desenvolvimento para o pós-pandemia de Covid-19.

Na época, em 1962, dado o nível de dependência pela atividade cafeeira e pressionado a erradicar seus cafés considerados improdutivos, no período posterior o Espírito Santo pautou suas políticas na atividade industrial, inicialmente com capital local, e depois com estatal e internacional, como forma de diversificar sua economia e fomentar seu desenvolvimento.

Em 2020, o Espírito Santo, o Brasil e o mundo vivem o desafio de superar os efeitos da crise nacional que se arrasta desde 2015, os problemas decorrentes das medidas de distanciamento social, geradas como forma de conter o avanço do coronavírus e restabelecer o seu processo de desenvolvimento.

Para tanto, é necessário que o Estado identifique e fomente novas atividades econômicas, sobretudo aquelas com elevado conteúdo tecnológico, como forma de inserir o Espírito Santo entre os grandes players dos cenários nacional e internacional.

É importante que o Espírito Santo crie condições de oferecer um sistema de energia pautado em fontes renováveis, e de comunicações de baixo custo, como meio de fomentar atividades econômicas vinculadas a setores com elevado nível tecnológico. Esta redução de custos pode ser mediante à diminuição de carga tributária sobre determinados produtos necessários para sua produção e/ou distribuição, ou pela concessão de crédito subsidiado para empresas envolvidas com ambas atividades. Precisa-se investir e ampliar os sistemas de internet que ofereçam sinais ágeis e de qualidade para todo Estado.

Além disso, é necessário atuar de maneira a agregar valor às principais atividades econômicas presentes em todo o Estado, especialmente no interior, tais como café, leite, rochas ornamentais, vestuário, móveis, cacau, entre outros produtos.

Também é preciso que o Estado busque solucionar e eliminar de vez os gargalos em seus sistemas de transportes. Assim, precisa-se reconhecer a importância de vias como as BRs 101, 262 e 259, para a integração do Estado, e agir para solucionar seus gargalos. E até mesmo buscar fomentar e desenvolver suas atividades nos meios ferroviários e portuários.

É preciso diagnosticar a situação da educação em todo território capixaba, considerando toda sua rede, do ensino básico ao superior, e remodelá-la, de modo a contemplar as particularidades locais e a enfrentar os desafios presentes no século XXI.

Para que todas estas ações sejam realizadas, é preciso que se faça uma leitura crítica sobre a situação atual do Espírito Santo e uma atuação consistente, pautada por uma visão completa e sistêmica acerca de suas características, necessidades e potencialidades.

LEANDRO LINO é vice-presidente do Conselho Regional de Economia do Espírito Santo (Corecon-ES).

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