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Um chamado urgente pela sustentabilidade urbana

Bruno Faustino escreve para a coluna Negócio Rural todos os sábados, em A Tribuna


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Imagem ilustrativa da imagem Um chamado urgente pela sustentabilidade urbana
|  Foto: A Tribuna

Caro leitor, confesso que tenho certa “gastura” do zum-zum-zum das abelhas. Mas, o dever nos chama. Dia desses conheci um projeto muito bacana que colocou Vitória na rota da meliponicultura urbana: o Ilha do Mel.

A ideia é incentivar os moradores da capital a criar abelhas sem ferrão em casa. Pode ser na varanda, no quintal, na laje... em qualquer lugar. Todo mundo acha que a principal função das abelhas é a produção de mel. Engana-se quem pensa assim.

Elas são agentes essenciais na polinização de até 80% dos alimentos que consumimos. A polinização melhora a qualidade e a quantidade dos frutos, impactando diretamente a agricultura e a segurança alimentar.

Imagem ilustrativa da imagem Um chamado urgente pela sustentabilidade urbana
Abelhas são agentes essenciais na polinização de até 80% dos alimentos que consumimos |  Foto: Canva / Divulgação

O Brasil possui mais de 300 espécies nativas de abelhas sem ferrão - um patrimônio natural inestimável. Cada espécie produz mel com sabores únicos. Tive o privilégio de experimentar cinco tipos diferentes.

Dos mais suaves, como o da Uruçu Amarela, aos mais exóticos, como o da Mandaguari... A explosão de sabores reflete a rica biodiversidade da Mata Atlântica do País.

A capital capixaba, com suas vastas áreas verdes, está em uma posição privilegiada para liderar essa integração urbana de práticas sustentáveis.

As reservas naturais locais oferecem habitats ideais para as abelhas, contribuindo para a saúde dos ecossistemas urbanos.

A agricultura urbana e a meliponicultura são respostas essenciais às pressões ambientais contemporâneas.

Além de promoverem a preservação ambiental, essas práticas abrem novas oportunidades de geração de renda e fortalecem a segurança alimentar nas cidades.

A experiência de Vitória serve de modelo para outras cidades, demonstrando que é possível harmonizar desenvolvimento urbano e preservação ambiental.

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O projeto “Ilha do Mel” em Vitória prova que podemos integrar natureza e urbanização, criando um futuro onde ambos prosperam juntos. É hora de atender a esse chamado urgente e agir em prol de um mundo mais sustentável e harmonioso.

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