X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

ASSINE
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
ASSINE
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Um café que fica

Confira a coluna de sábado (12)


Ouvir

Escute essa reportagem

Imagem ilustrativa da imagem Um café que fica
Bruno Faustino é autor da coluna |  Foto: Arquivo / AT

Tem café que a gente toma e esquece. E tem café que fica. Fica no paladar, na memória… e na alma. O que nasce no Sítio Denizar, em Marechal Floriano, é assim.

Um café com nome, sobrenome e raiz. Cultivado no alto das Montanhas Capixabas, a mais de 900 metros de altitude, ele carrega na xícara o sabor da persistência, da família e da terra.

A história começa devagar, como quem sobe a BR-262 em direção ao coração do Espírito Santo. As curvas revelam paisagens que parecem pintura — e, no meio delas, o Douro Cafés Especiais vai crescendo, florando, colhendo sonhos. É ali, no sítio de 10 hectares e 35 mil pés plantados, que Seu Estevão, Dona Penha e os filhos transformaram a rotina da lavoura em conquista nacional.

O filho mais velho, Denizar, foi até a Guatemala pra estudar o que sempre respirou em casa: café. Voltou com ideias novas, mas com a mesma fé no que os pais sempre acreditaram. Tiago, o caçula, seguiu no mesmo caminho. E Dona Penha, que levava os filhos pra roça enrolados em coberta nos dias frios, hoje passa café no coador de pano e torra os próprios grãos no laboratório da família.

A cada conversa, a gente entende: esse café tem história. A água vem de nascente própria, a mata é preservada, o terreiro de cimento recebe os grãos com cuidado de filho. O aroma que sai da torrefação é como abraço de vó: quente, denso, inesquecível.

Não por acaso, o Douro já subiu ao pódio dos melhores cafés do Brasil. Recentemente, conquistou o segundo lugar no Prêmio Brasil Artesanal, da CNA, na categoria café torrado.

O reconhecimento tem gosto de vitória, mas também de pertencimento. Porque mais que prêmio, esse café representa a escolha da permanência. Os filhos tiveram chance de sair, mas decidiram ficar.

E é essa escolha que faz a diferença. Porque quando a juventude finca os pés no campo, a lavoura ganha futuro. E o café, identidade. Em Marechal Floriano, o sabor do Brasil vem da roça, do esforço coletivo e do amor que atravessa gerações.

E se você, ao ler essa coluna, sentiu vontade de experimentar esse café… é porque ele também ficou. Na sua memória. E talvez, quem sabe, na sua alma. Para saber mais: não perca o Programa Negócio Rural, amanhã, na TV Tribuna/Band, às 10 horas. Não perca!

MATÉRIAS RELACIONADAS:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: