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Entretenimento

Na levada elétrica e azul de Luíza Boê


“O meu sonho é fazer um show no trio elétrico!”, diz, aos risos, a cantora e compositora capixaba Luíza Boê. É claro que o climão de axé, suor e cerveja não é ideal para o momento. No entanto, um gostinho dele pode ser provado na faixa “Azul”.

Para cima, pop e dançante, a música é o primeiro single que Luíza lançou de “Amanheci”, seu segundo disco cheio. O trabalho vai ser lançado no dia 17 de setembro e é o sucessor do EP “Terramar” (2019).

Detalhe: a faixa – como todo o “Amanheci” – tem a parte percussiva gravada por Leonardo Reis, ex-integrante da Banda Eva. Também tem as digitais do produtor e músico Kassin, que já trabalhou com nomes como Caetano Veloso, Los Hermanos, entre outros artistas.

“Quando fizemos 'Terramar', foi um EP, e ficou o desejo de fazer um trabalho completo junto, de poder se aprofundar no processo”, salienta Luíza, 29, sobre o reencontro.

Imagem ilustrativa da imagem Na levada elétrica e azul de Luíza Boê
“Tem alguma força dentro de nós que fala que o dia vai ser azul”, diz Luíza. |  Foto: Rodolpho Pupo/Divulgação

Ao contrário das suas músicas anteriores, que eram mais contemplativas, o novo álbum da cantora, como ela adianta, será calcado na percussão e em camadas e mais camadas de sintetizadores.

“Quando se tem muitas camadas, enriquece a experiência de ouvir. E a percussão é algo muito importante para meu trabalho. Traz brasilidade e esse lugar também ritualístico. A espiritualidade atravessa meu trabalho de uma forma muito importante. Ter o tambor e a percussão é como ter um coração tambor no disco”, diz.

Luíza ainda compartilha que o single foi composto durante a época mais dura da pandemia. Em vez de transpor a dor do momento para a canção, ela quis subverter.

“Lembro que sentei no teclado e comecei a tocar e me veio essa coisa do dia amanheceu azul. Às vezes, os dias são muito cinzentos, metafóricos ou literalmente. Mas tem alguma força dentro de nós que fala que o dia vai ser azul e, mesmo com tanta dor, eu vou encontrar um eixo dentro de mim que vai me manter com saúde mental”, explica ela sobre a primeira música do trabalho, que será lançado via financiamento coletivo.

A vaquinha virtual da artista está ativa no www.catarse.me/luizaboedisco2. Ao doar a partir de R$ 18, a pessoa ganha recompensas.


“Não é azul de melancolia, mas de deixar entrar vida”


AT2 “Azul” é o primeiro single do seu novo trabalho. Ele é diferente do que você fez nos anteriores. As pessoas estão curtindo?

Luíza Boê Tem sido incrível! Tenho ficado feliz, porque é um trabalho que veio no intuito de trazer alegria neste momento difícil. Sinto que a música tem o poder de dissolver a dureza dos dias. E, quando quis lançar “Azul”, quis fazer um trabalho que pudesse ser, de alguma forma, um refúgio dentro do caos que estamos vivendo.

A galera está se conectando com a mensagem?

Sinto que sim. Sinto que quem acompanha o meu trabalho são pessoas que se conectam com as letras das músicas. Acho que com “Azul” foi igual. Segue num lugar de ser uma mensagem que está trazendo algum acolhimento. Recebi mensagens de pessoas me agradecendo, dizendo que era o ânimo que precisava no dia ou que ficou dançando após ouvir. Isso é lindo!

Dirigiu e ajudou no roteiro do clipe. Como foi essa experiência?

Por conta da pandemia, eu entendi o que queria fazer dentro de casa. A minha amiga que mora comigo, a Betina Monte-Mór, é diretora de arte. Trabalha com cenografia há muito tempo e eu falei com ela sobre transformar a sala num céu. Aí foi só criatividade a mil. Fizemos tudo de um jeito manual e artesanal, não querendo que tivesse uma aparência artesanal.

Queria que fosse o céu imaginado, um lugar onírico e lúdico. E as duas grandes influências foram uma obra (“Ceiling Painting/YES Painting”), da artista Yoko Ono, e a performance de “Super Trouper”, do filme “Mamma Mia”.

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De que maneira “Azul” sintetiza as faixas de “Amanheci”?

O nome do disco é por conta de uma parte de um verso de “Azul”, que diz: “a hora mais escura é que antecede o sol”. Uma vez, ouvi isso e me marcou muito. Sinto que o nome do disco fala de um processo. É um verbo em primeira pessoa. Não é que amanheci para sempre. Vou seguir amanhecendo, e anoitecendo, anoitecendo... A alegria do disco vem de um mergulho profundo a lugares mais sombrios.

Engraçado que, em inglês, azul tem uma conotação melancólica. No português, é o oposto.

O nosso azul é de vida, de céu azul. Quando a gente pensa “Azul” do Djavan, ou como azul é retratado em outras coisas, ele está se referindo a algo solar. O que eu canto está no lugar solar. Tanto que contando sobre a música para amigos gringos, digo que não é azul de melancolia, mas de “bright blue sky”, de deixar entrar a vida, a leveza.

Tem vivido entre São Paulo e Vitória. Como tem sido a vida?

Estou nesse processo de dedicação a esse lançamento. Em paralelo, idealizei, em janeiro deste ano, uma residência artística para compositoras capixabas.

Estamos criando um espetáculo de musical autoral só de mulheres artistas que fala sobre a força feminina. Foram 15 mulheres. Uma equipe feminina composta por nomes como Gavi, Gabi Brown, Afronta, Thayza Pizzolato. Ele deve estrear só quando a gente puder ensaiar e fizer montagem da peça.

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