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Carnaval 2020

Carnaval 2020

Colunista

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Mulheres em defesa da diversão sem assédio

| 17/01/2020, 14:15 14:15 h | Atualizado em 17/01/2020, 14:29

Imagem ilustrativa da imagem Mulheres em defesa da diversão sem assédio
Lívia, Adriana, Nayara, Manuela e Priscila apoiam a vinda do movimento “Não é Não!” para o Carnaval de Vitória |  Foto: Dayana Souza / AT

A campanha “Não é Não!” contra o assédio no Carnaval vai chegar ao Espírito Santo para os festejos deste ano.

Um grupo de mulheres está à frente do movimento, que tem como objetivo criar uma rede de segurança coletiva através da distribuição de tatuagens temporárias com os dizeres “Não é Não!”.

Neste ano, o projeto estará presente no Carnaval de 15 estados brasileiros. Entre as mulheres que apoiam a vinda do movimento para o Espírito Santo durante o Carnaval de Vitória, estão Nayara Muriel, Lívia Garcia, Manuela Vieira Blanc, Adriana Pereira e Priscila Lugon, entre outras.

Embaixadora da campanha no Estado, Priscila Lugon diz que as tatuagens ajudam as mulheres a se sentirem mais empoderadas.

“O movimento funciona. Em outros estados, como no Rio de Janeiro, a experiência foi positiva. Se você está com a tatuagem e é assediada, as mulheres ao redor se impõem. A própria pessoa se sente mais empoderada para dizer 'não' às investidas indesejadas”, disse.

A campanha funciona por financiamento coletivo. No Espírito Santo, a meta é arrecadar R$ 3.500 para a confecção de duas mil tatuagens que serão distribuídas gratuitamente para mulheres nos eventos de pré-carnaval e Carnaval na região da Grande Vitória.

“Essa meta é tudo ou nada. Se não batermos a meta até domingo, o Estado não recebe as tatuagens. Aí todas que contribuíram recebem o dinheiro de volta”, salientou.

As contribuições podem ser feitas no site benfeitoria.com/naoenaoes2020, e todos os valores têm alguma contrapartida, como ecobags ou fantasias de Carnaval.

Para a sexóloga Flaviane Brandemberg, a campanha é de grande importância. “É necessária, para começar a mudar a educação social, a estruturação machista que nós temos. O homem precisa entender que a mulher não é um objeto”, afirmou.

CRIME

Importunação sexual é crime, como reforçou a delegada-chefe da Divisão Especializada de Atendimento à Mulher, Cláudia Dematté.

“O referido crime tem pena de reclusão, de um a cinco anos, se o ato não constitui crime mais grave. A importunação sexual, até 2018, era considerada contravenção, sendo cabível pena de multa. Hoje, a importunação sexual é crime. Neste Carnaval, curta a folia com respeito. Respeite o corpo, a liberdade, a dignidade sexual da mulher”, frisou a delegada.


Deputado diz que mulher gosta de ser assediada

O deputado estadual de Santa Catarina Jessé Lopes (PSL) fez críticas ao movimento “Não é Não!” em uma rede social no último sábado. Na publicação, o parlamentar afirmou que as mulheres gostam de ser assediadas e que o fato “massageia o ego”.

O coletivo de mulheres que promove a campanha “Não é Não!” em Santa Catarina divulgou uma nota de apoio às mulheres em relação à declaração do deputado.

“Para nós, que militamos pelo fim do assédio às mulheres nos espaços públicos em mais de 15 estados brasileiros, é incoerente que um homem alheio às questões que discutimos e combatemos utilize seu espaço de poder para propagar desinformação e argumentos confusos sobre a atuação do coletivo”, afirmou a nota.

O Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (Cedim) de Santa Catarina manifestou indignação com relação às falas do deputado e informou que vai buscar vias legais para que sejam tomadas as “providências cabíveis”.

A bancada feminina da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), composta por cinco parlamentares, também está se mobilizando para responsabilizar o deputado por apologia ao crime.

A delegada-chefe da Divisão Especializada de Atendimento à Mulher, Cláudia Dematté, afirmou que a violência sexual ainda faz parte da realidade diária das mulheres brasileiras e no mundo.

“A violência contra a dignidade sexual da mulher, por exemplo, por meio de um crime de estupro ou importunação sexual, é uma das mais graves violências que se pode sofrer. A mulher tem sua dignidade, liberdade sexual e seu corpo violados. São crimes repugnantes, que devem ser punidos com todo rigor”, destacou.

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