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Cidades

Moradores denunciam festas com barulho e baderna na madrugada


À medida que a pandemia de covid-19 dá uma trégua e há flexibilização quanto às restrições, vem o alívio em relação ao vírus. Só que, por outro lado, moradores têm lidado com outro tipo de problema: festas com barulho e baderna até a madrugada. Pedindo ajuda, eles têm denunciado ao Disque-Silêncio e até a polícia.

Entre as queixas, estão festas em casas – até mesmo alugadas para eventos – e condomínios, bem como em vias públicas, bares e restaurantes, entre outros locais.

O secretário de Desenvolvimento da Cidade e Habitação de Vitória, Marcelo de Oliveira, disse que o problema é mais acentuado aos finais de semana, iniciando às quintas, sobretudo em Jardim da Penha (Rua da Lama), Praia do Canto (região do Triângulo) e Jardim Camburi, principalmente na rua Ranulpho Barbosa dos Santos.

Imagem ilustrativa da imagem Moradores denunciam festas com barulho e baderna na madrugada
Tarsilayne diz que o barulho perto de casa provoca crises no filho Gustavo, de 5 anos. “Ele fica muito agressivo” |  Foto: Douglas Schneider/ AT

“Moro perto da Rua da Lama e é difícil conviver com o barulho. A fiscalização tem atuado, mas quando vira as costas, a baderna volta a tirar a nossa paz”, lamentou a aposentada Tereza Soares, de 67 anos.

Além disso, os eventos clandestinos, conhecidos como “Baile do Mandela”, também não dão trégua.

“É um inferno. As festas começam por volta das 22 horas e vão até as 10 horas do outro dia. Passo pela manhã para comprar peixe em frente aos pontos de ônibus e tem um monte de adolescente de 12 a 16 anos bebendo, usando drogas. É uma verdadeira baderna”, reclama o morador da Enseada do Suá, Pedro Henrique Zorda, de 29 anos.

Em Vila Velha, a coordenadora do setor de Poluição Sonora da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Rosa Eurídice, observa que, quando o município estava no risco alto de transmissão para covid-19, a maioria das denúncias era de festas em residências. Após a redução dos números na pandemia, as queixas estão mais concentradas em bares e restaurantes.

Em Guarapari, as denúncias de festas clandestinas são em diferentes bairros. O chefe do setor de Planejamento e Comunicação do 10º Batalhão da Polícia Militar, capitão Rodrigo Lourencini, declara que a maior preocupação é com os adolescentes. “São eventos regados a muita bebida alcoólica e uso de drogas”.

“Ele entra em crise com o som alto”, diz moradora

Na capital, o som alto proveniente de eventos vem atingindo não só adultos, mas também crianças. Portador de autismo, o pequeno Gustavo Henrique Lacerda Dias, de 5 anos, que possui hipersensibilidade ao barulho, vem tendo várias crises por conta da poluição sonora que acontece perto de sua casa, no bairro Santa Luíza.

“Devido à hipersensibilidade auditiva, ele fica muito agressivo, se agride e agride quem está do lado”, conta a mãe do menino, a dona de casa Tarsilayne Dias, 33 anos, à reportagem.

A Tribuna – Na região onde mora, o barulho está incomodando?

Tarsilayne Dias – Muito. Não só a mim, mas a vários moradores. Tem gente que já relatou que não consegue dormir.

No meu caso, por exemplo, tenho um filho autista, e quando ele se depara com barulho, fica muito agressivo.

O barulho vem de quê?

De eventos, festas que acontecem nas proximidades da minha casa. Sofremos com esses eventos desde 2019, mas, com a flexibilização do governo em relação à pandemia, eles têm piorado bastante no bairro.

Já chegou a fazer algo para que essa situação melhorasse?

Já sim. Com um dos estabelecimentos, que fica próximo da minha casa, eu já tentei de todas as formas negociar para que meu filho não sofresse mais com o barulho, mas não teve jeito.

Já pedi ajuda para diversas pessoas, mas, até agora, não obtive sucesso.

De que forma esses eventos interferem na vida de seu filho?

Meu filho é autista e, por conta disso, ele tem hipersensibilidade ao som alto.

Ele entra em crise por causa do som alto e, quando isso acontece, se agride, agride os irmãos e quem estiver por perto.

O que mais deseja?

Eu não quero que nenhum estabelecimento feche, não é isso, mas eu queria mais empatia com meu filho. Peço socorro à prefeitura, aos órgãos responsáveis.


OUTRO LADO


“É impossível atuar sem a música”

Procurado pela reportagem de A Tribuna para se manifestar sobre as reclamações feitas pela dona de casa Tarsilayne Dias, mãe da criança autista, o dono do estabelecimento acusado de poluição sonora disse que vem tentando solucionar o problema, mas que não consegue atender ao pedido feito pela família do menino.

“Temos buscado trabalhar dentro da lei, estamos nos adequando a isso, mas é impossível atuar sem a música”, afirmou o proprietário do estabelecimento, um empresário de 47 anos, que pediu para não ser identificado.


SAIBA MAIS


Vitória

Denúncias

  • 2020: o Disque-Silêncio recebeu 4.537 reclamações de barulho em residências e condomínios; bares, restaurantes e quiosques; manifestações e festas em vias públicas; carros de som e caixas portáteis e outros.

  • 2021: de janeiro até esta segunda (13), foram 5.104 denúncias, sendo que, de junho até agora, foram 3.069.

Bairros com mais ocorrências

  • Jardim Camburi, Jardim da Penha, Centro, Praia do Canto e Ilha do Frade.

Onde denunciar

  • Pelo telefone 156 (24 horas).

Vila Velha

Denúncias

  • 2020: 6.093 reclamações.
  • 2021: do início do ano até o momento, foram 6.066 reclamações, uma média de 700 por mês. Dessas, cerca de 70% são queixas de festas. Considerando esse percentual, de junho até agora, foram cerca de 1.960.

Bairros com mais ocorrências

  • Itapuã, Praia de Itaparica, Praia da Costa, Coqueiral de Itaparica e Glória.

Onde denunciar

  • Através da Ouvidoria Inteligente, por meio do número 162 ou através do site www.vilavelha.es.gov.br.

Cariacica

Denúncias

  • 2020: Pelo menos 7.949 denúncias foram feitas à Ouvidoria do município.
  • 2021: de janeiro a agosto, 6.097 ocorrências de barulho em condomínios e casas, e em bares, restaurantes e outros pontos comerciais foram registradas.

Bairros com mais ocorrências

  • Campo Grande, Vila Palestina, Nova Brasília, Jardim América, Porto de Santana e Vila Capixaba.

Onde denunciar

  • Por meio da ouvidoria, no 162 ou no Disque-Silêncio: 0800 283-9255.

Serra

Denúncias

  • 2020: Foram 2.060 denúncias que envolvem poluição sonora.
  • 2021: Até esta segunda (13), 2.083 reclamações de barulho em eventos, bares, baile funk, igrejas, veículos, caixa de som, entre outros, foram registradas.

Bairros com mais ocorrências

  • Novo Horizonte, Jardim Limoeiro, Vila Nova de Colares, Bairro das Laranjeiras e Bairro de Fátima.

Onde denunciar

Fonte: Prefeituras citadas.

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