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Saúde

Medo do coronavírus faz pacientes abandonarem tratamentos


Imagem ilustrativa da imagem Medo do coronavírus faz pacientes abandonarem tratamentos
Oncologista Carolina Conopca: “Podemos perder o tempo ideal do tratamento e o câncer voltar ou progredir por conta do abandono” |  Foto: Thiago Coutinho / AT - 16/10/2019

A pandemia do novo coronavírus e o risco de contágio para as pessoas consideradas do grupo de risco têm afastado portadores de doenças crônicas, como cardiopatia e câncer, dos consultórios médicos e de seus tratamentos regulares.

Segundo estimativas dos médicos oncologistas, cerca de 15% dos pacientes abandonaram as terapias durante esse período de isolamento social. Já os pacientes cardiopatas, as consultas regulares caíram quase 50%. Decisões que não são aconselhadas pelos especialistas.

Entre os médicos, existe o consenso que, apesar de o isolamento reduzir a disseminação do vírus, pacientes considerados do grupo de risco não podem deixar de lado o cuidado com doenças já existentes.

Para a médica oncologista Carolina Conopca, da Clínica Medquimheo, pacientes em tratamento oncológico, como quimioterapia e radioterapia, devem manter as terapias. A interrupção pode gerar danos no combate à doença.

“Podemos perder o tempo ideal do tratamento e o câncer voltar ou progredir por conta do abandono no tratamento. Com todos os cuidados tomados, podemos manter a terapia com segurança”, afirmou.

Já o cardiologista Melchior Lima faz uma alerta para pacientes que tratam de hipertensão.

“Doenças como infarto, acidente vascular cerebral, ruptura da aorta, são decorrências que podem acometer pessoas que sofrem de hipertensão. O isolamento tem criado um efeito de pressão psicológica que pode piorar a saúde de quem tem essas cardiopatias”.

O oncologista Roberto Lima orienta quem precisa sair de casa. “É importante manter todos os cuidados de higiene, uso de máscaras, evitar aglomerações e locais com muitas pessoas. As clínicas têm de tomar providências também, como todos os funcionários usando máscara, e o uso contínuo de álcool em gel”, orienta.

Tratamento não espera

“O câncer não vai parar e esperar o coronavírus passar. As células, se não tratadas, vão se multiplicar e daí o paciente pode perder a chance de cura ou controle da doença. A orientação é passar no médico para melhor informação e não tomar decisão precipitada que pode levar a um grande problema depois”, afirma o radio-oncologista Carlos Rebello, diretor do Instituto de Radioterapia Vitória (IRV).

O médico explica que o paciente com câncer é considerado grave e seu tratamento é de urgência.

“Se não for tratado, há um risco de morte. Estamos passando por um momento muito delicado, de muita pressão psicológica com essa pandemia, mas sabemos que vai passar. Importante é não deixar de tratar. Fazemos nossa parte, que é cuidar. Se não conseguirmos curar, tentamos aliviar e confortar”, destaca o especialista.


Imagem ilustrativa da imagem Medo do coronavírus faz pacientes abandonarem tratamentos
Artesã Karla Groner |  Foto: Divulgação
Sem suspender a radioterapia

Foi seguindo orientação dos médicos que a artesã Karla Groner venceu o medo da pandemia e seguiu com o tratamento de um câncer no endométrio, que sofreu metástase para os ovários.

“Estava no meio das sessões de radioterapia e fui orientada para não suspender o tratamento. Meu câncer é muito agressivo, e sei que mesmo mantendo o tratamento há o risco de 20% de ele voltar”.


SAIBA MAIS Cuidados durante o tratamento


  • O paciente deve seguir as recomendações gerais da Organização Mundial da Saúde para prevenção ao coronavírus, como uso de álcool em gel, máscaras, não tocar em superfícies de uso coletivo (maçanetas, barras, corrimãos, etc.).
  • Aglomerações devem ser evitadas nos locais de tratamento. Recomenda-se que clínicas e hospitais façam uma triagem com todo paciente antes de ele ir para o local da terapia. Pacientes com sintomas respiratórios, ou que não estejam se sentindo dispostos, devem ser avaliados com antecedência.
  • Na clínica, o profissional de saúde faz outra triagem na recepção. Ele verifica se o paciente está com algum sintoma e mede a temperatura. Se tem sintomas e está com febre, o paciente é atendido em um fluxo especial, separado.
  • De modo geral, os médicos afirmam que paciente com câncer não pode suspender a quimioterapia, mesmo em um cenário de pandemia. É preciso criar um ambiente para que esse paciente seja atendido de forma adequada, além de realizar um deslocamento até as clínicas de forma segura.
  • Os enfermeiros que entram em contato direto com os pacientes devem cumprir toda uma recomendação de uso de avental, luva e outros equipamentos.
  • O número de acompanhantes também precisa ser reduzido. O ideal é que o paciente vá sozinho, quando possível, ou com no máximo um acompanhante, desde que essa pessoa não seja um idoso, pessoa com problemas de saúde ou com sintomas respiratórios.

Fonte: Médicos consultados.

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