Médicos peritos no Estado vão fazer inspeção no INSS para avaliar se voltam ao trabalho
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Os médicos peritos anunciaram que vão fazer inspeções nas agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) do Estado, a partir da próxima segunda-feira (21). As visitas serão feitas em todo o país, lideradas pela Associação Nacional dos Peritos Médicos Federais (ANPMF). Com isso, a população ainda não terá acesso às perícias médicas na segunda (21).
Em entrevista à TV Tribuna, o delegado da Associação Nacional dos Médicos Peritos no Espírito Santo, Ricardo Augusto Poltronieri, informou que as vistorias serão feitas principalmente nas agências que foram classificadas, pelo governo, como aptas a receber a população para os atendimentos médicos presenciais.
"Nessas agências, a gente vai utilizar requisitos mais amplos e mais seguros e, com base nesses requisitos, se as agências se encontrarem em conformidade com a biossegurança para os técnicos do INSS, para a população e para o perito médico legal, nós voltaremos a voltar normalmente", afirmou.
Por meio de nota, a ANPMF explicou que a medida foi tomada "devido ao impasse causado pela ruptura de diálogo da Secretaria de Previdência com a Perícia Médica Federal". A associação ainda afirmou que a população estava sendo prejudicada pela "irresponsabilidade e falta de governança" do Ministério da Economia, que está colocando em risco a vida de milhares de pessoas.
"Por isso a ANMP optou por não aguardar mais a mudança de postura dos gestores e, para o bem público, vai assumir por conta própria essas revistorias", diz o comunicado.
Como será a inspeção
De acordo com a Associação Nacional, o mesmo checklist utilizado pelo próprio governo nos dias 8 e 9 de setembro será usado como referencial nas vistorias de segunda-feira (21). Aquelas agências que forem consideradas adequadas serão imediatamente liberadas para que os médicos voltem ao trabalho.
"Já as inaptas serão alvo de um relatório a ser entregue ao INSS solicitando as melhorias devidas e nesses locais a PMF continuará a não comparecer. Medidas de força do governo para obrigar o servidor a arriscar sua saúde e sua vida a trabalhar em agências inadequadas serão combatidas no mesmo patamar", diz o documento.
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