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Esportes

Maradona virou "Dios" com controle excepcional da bola na perna esquerda


Diego Maradona se tornou um personagem tão forte, uma figura construída também em torno de um carisma radiante, que o seu talento no futebol, por vezes, chega a ser deixado em segundo plano. Mas quem viu o argentino com a bola nos pés -ou no pé, já que ele dificilmente usava o direito- não se esquece de sua qualidade excepcional.

Desde menino, quando começou a chamar a atenção nas categorias de base do Argentinos Juniors, o craque mostrou uma capacidade impressionante no controle da bola. Aliando esse controle a uma alta velocidade e também a uma agilidade no espaço curto, foi conquistando território na Argentina, no mundo e na história do esporte.

"O que ele fazia com a bola era sacanagem", disse em várias entrevistas Careca, seu companheiro no Napoli entre 1987 e 1991. "Você tinha que acompanhar o pensamento do cara ou ficava para trás, passava vergonha. Até nas peladinhas, no coletivo, no treino em campo reduzido, o que ele fazia era absurdo."

Maradona era um meia, um camisa 10 que admirava o brasileiro Rivellino, mas não era um jogador estático, satisfeito em distribuir passes. Ele gostava de arrancar com a bola -como se vê em um de seus históricos gols contra a Inglaterra, na Copa do Mundo de 1986-, e fazia algo que os treinadores modernos pedem muito a seus meias: estava na área com frequência.

"Ele era pequeno, mas troncudo. Então, o pessoal batia, e ele não caía, não simulava", recordou Careca.
Assim, mesmo não sendo um atacante propriamente dito, o argentino balançava a rede com frequência.

Foram 345 gols em 675 partidas por Argentinos Juniors, Boca Juniors, Barcelona, Napoli, Sevilla, Newell's Old Boys e seleção argentina -há variações nos números, não muito significativas, com diferentes critérios de contagem.

Imagem ilustrativa da imagem Maradona virou "Dios" com controle excepcional da bola na perna esquerda
Diego Maradona como técnico da Argentina, na copa de 2010 na África do Sul |  Foto: Jonne Roriz / Agência Estado

No tempo em que transcorreu a carreira de Maradona, entre 1975 e 1997, as assistências ainda não eram uma categoria estatística registrada rotineiramente. Mas a visão de jogo do camisa 10 impressionava, e ele chegou a dar alguns passes para gol de bicicleta, contorcendo-se para achar o companheiro com precisão.

"Foi o melhor jogador que teve na minha geração. Tinha uma facilidade incrível no controle de bola. E não usava a perna direita. Era só um apoio mesmo. Ele até criou a letra ao contrário. Via tudo. De costas, de frente. Era fantástico", elogiou Zico, que o enfrentou no Campeonato Italiano e, com a camisa do Brasil, derrotou-o na Copa de 1982.

Todo esse talento foi visto com maior intensidade na segunda metade dos anos 1980. Maradona conquistou a Copa de 1986 pela Argentina, sendo de longe o melhor jogador da competição, e teve um papel fundamental na ascensão do Napoli, campeão italiano nas temporadas 1986/87 e 1989/90 e vencedor da Copa da Uefa de 1988/89.

Seu grande momento foi mesmo o Mundial de 1986, no México, onde ganhou o status de "Dios" para os argentinos. Contra a Inglaterra, nas quartas de final, fez dois gols que marcaram a história das Copas: um com a mão, outro em arrancada espetacular.

A campanha foi fechada com Maradona exibindo a outra faceta de seu jogo. Com um toque preciso, deixou Burruchaga na cara do gol para definir a vitória por 3 a 2 sobre a Alemanha e a conquista da seleção alviceleste.

Em alguns times, Maradona jogou atrás de dois atacantes, municiando-os e se aproximando deles com frequência. Em outros, atuou mais perto do centroavante, como uma espécie de ponta de lança. Na Copa de 1986, ele era o que os argentinos chamam de "enganche", ligando a linha de quatro meio-campistas ao centroavante Valdano.

Na reta final da carreira, o craque perdeu a velocidade com que se impunha sobre os adversários e foi gradativamente caindo de rendimento, embora jamais tenha perdido a intimidade com a bola. Quando ela caía em seus pés, o camisa 10 geralmente sabia o que fazia com ela.

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